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Caso assuma mandato, Siraque desiste do Paço
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
06/06/2011 | 07:46
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Caio Arruda/DGABC


O ex-deputado estadual Vanderlei Siraque (PT), um dos cotados para disputar a Prefeitura de Santo André pelo PT em 2012, avalia que uma das poucas possibilidades que o tirariam do processo seria caso fosse alçado à Câmara Federal, na qual ficou como 1º suplente ao conquistar 93,3 mil votos na eleição de 2010. Nos bastidores, cogita-se a hipótese de o deputado Candido Vacarezza (PT) assumir vaga na administração Dilma Rousseff devido ao seu desgaste político.

O petista garante que dificilmente deixaria o Congresso Nacional para brigar pelo objetivo de receber o crivo dos correligionários. "Me tiraria do processo, porque quero exercer o mandato de deputado federal e cumpriria com os votos que me foram confiados."

As inscrições para as candidaturas na prévia interna do PT serão abertas em 15 de julho. Além de Siraque, existem, pelo menos, outros quatro nomes na corrida eleitoral: a ministra de Planejamento, Miriam Belchior, o ex-prefeito João Avamileno, o deputado estadual Carlos Grana e a ex-vice-prefeita Ivete Garcia.

No meio político especula-se que Dilma se coloca contrária à indicação de Miriam para concorrer ao Paço, principalmente agora em razão de o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, estar na corda bamba após vir à tona seu avanço patrimonial em 20 vezes. A efetivação de Siraque seria o trunfo da presidente para segurá-la em Brasília. Junto com Miriam, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, têm sido cogitados a eventual vaga.

Outra situação que demoveria a chance de Siraque disputar a Prefeitura seria ocupar posto de comando na Secretaria Nacional de Segurança Pública, atrelada ao Ministério da Justiça. Segundo o petista, o diretório nacional do PT o indicou para o cargo. "Não há acerto formal nenhum. Existe possibilidade, termino doutorado em agosto na área. Caso ocupe função dessa importância não poderia ser candidato, pois ficaria incompatível."

Para o ex-parlamentar, se cenário não for confirmado ele voltará atenções a eleição de 2012. "Vamos buscar o consenso. Colocarei meu nome à disposição, pois sei que tenho viabilidade eleitoral. (Em 2010) Fui mais votado em Santo André, com quase 67 mil votos só no município. Uma pesquisa qualitativa e outra quantitativa poderiam sacramentar nome."

Ele rechaça, porém, que haverá racha na sigla, assim como ocorreu em 2007 na prévia, quando venceu Ivete, só que, com apoio fragmentado, saiu derrotado do pleito no segundo turno frente a Aidan Ravin (PTB). "Tinha desgaste devido ao PT estar bastante tempo no governo. A população quis experimentar novo modelo de gestão, mas está vendo o erro, não há projeto."

 




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