A secretária de Estados Unidos Condoleezza Rice disse nesta quarta-feira que o país começou a dar "novos passos diplomáticos" contra a Síria por seu suposto apoio aos insurgentes que entram no Iraque a partir de seu território.
 
Rice declarou perante o Senado que os Estados Unidos haviam realizado ações militares para fechar a fronteira Síria-Iraque e que também "começaram a dar novos passos diplomáticos para expressar a gravidade de nossas preocupações".

"A curto prazo estamos verdadeiramente mais concentrados em nossas preocupações com a fronteira síria, porque acreditamos que ali existem coisas a serem feitas, devido ao atual 'isolamento diplomático' de Damasco", afirmou a secretária de Estado.

Por sua vez, um alto responsável do Departamento de Estado declarou sob condição de anonimato que "há discussões sobre o mecanismo mais apropriado para lidar com a Síria, no contexto da ONU (Organização das Nações Unidas)".

Ao ser interrogada sobre a possibilidade de um conflito com a Síria, Rice indicou que essa não era a opção preferencial da administração americana.

"Não vou falar das possíveis opções do presidente, mas estamos desenvolvendo uma posição diplomática em relação à Síria", admitiu.

"Em nossa estratégia (no Iraque), tomamos medidas militares, como a ofensiva em Tel Afar, para cortar o fluxo de pessoas e de bens na zona fronteiriça. Também começamos a dar novos passos diplomáticos para expressar a gravidade de nossas preocupações", declarou Rice.

Segundo o Washington Post desta quarta-feira, os Estados Unidos e a França estariam se preparando para propor ao Conselho de Segurança das Nações Unidas na próxima semana duas resoluções de condenação à Síria por suas intervenções no Líbano.

Essas medidas, segundo fontes próximas às discussões consultadas pelo jornal, seriam as mais severas já propostas contra a Síria.