Aposentados e pensionistas fizeram nesta terça-feira, Dia do Aposentado, uma passeata pelas ruas do centro de São Paulo para marcar o início da primeira Campanha Salarial Nacional dos Aposentados. O objetivo da campanha é reivindicar que todas as aposentadorias e pensões sejam reajustadas este ano pelo mesmo percentual de aumento do salário mínimo.

A passeata teve início em frente ao prédio do INSS e terminou na quadra do Sindicato dos Bancários, na região central da cidade, onde houve ato político seguido de apresentações de grupo musicais formados por aposentados.

De acordo com o secretário nacional de comunicação do Sintap (Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas), ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), Epitácio Luiz Epaminondas, nenhuma aposentadoria ou pensão pode ser inferior ao salário mínimo, mas aquelas que ultrapassam o mínimo se desvalorizam com o tempo, por serem reajustadas com base em percetuais menores.

Segundo Epaminondas, a correção das aposentadorias e pensões não acompanha os reajustes do salário mínimo, porque é baseada nas correções do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). "Não tem nenhum ganho real com isso, porque eu tenho só o INPC e o salário mínimo tem um aumento real acima disso. Quer dizer, durante toda a vida eu paguei com base no salário mínimo, hoje, quando recebo, é com base em salário benefício que corresponde ao INPC".

Epaminondas informou que os aposentados pediram uma audiência com o ministro da Previdência Social, Nelson Machado, para discutir a reposição das diferenças dos últimos 10 anos e uma nova política de correção dos salários, para que não fiquem abaixo do mínimo. Além disso, eles reivindicam melhoria do atendimento nos serviços de transporte, saúde e habitação, e nos postos do INSS.

Em Porto Alegre, a Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do Rio Grande do Sul também realizou uma passeata por melhores salários. A caminhada reuniu cerca de 400 idosos.

O grupo, que encerrou a manifestação em frente ao prédio do INSS, entregou as reivindicações à gerente-executiva Sinara Pastório. Ela prometeu encaminhar o documento ao Ministério da Previdência.