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Secretário do PT nega que mantenha carro de Delúbio Soares
25/07/2005 | 23:32
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O secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT, deputado José Pimentel (CE), negou nesta segunda-feira que o partido mantenha um carro à disposição do ex-secretário Delúbio Soares, acusado de arquitetar um esquema de caixa dois para as campanhas da legenda, em conjunto com o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.

Delúbio teria sido visto na manhã desta segunda-feira deixando sua residência no mesmo automóvel da sigla que o transportava antes de deixar a Secretaria de Finanças e Planejamento. Pimentel evitou, porém, explicar, diretamente, por que o ex-secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT ainda usava o veículo da agremiação, mas insistiu que o PT iniciou nesta semana o recolhimento dos carros como parte do plano de contenção de despesas anunciado na semana passada.

"Esses veículos estão sendo recolhidos exatamente hoje (segunda-feira)", informou. O secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT afirmou que o partido possui um total de dez automóveis, sendo oito para o transporte humano e outros dois, de carga.

Com o projeto de redução de gastos, a legenda manterá apenas os dois modelos de carga, dois veículos para o transporte humano em São Paulo e um em Brasília. Pimentel insistiu que optou por não usar os carros da sigla desde que assumiu o cargo.

Justiça – Pimentel disse também que cabe ao Poder Judiciário esclarecer as dúvidas que pesam sobre a legalidade das dívidas do partido. Numa referência à ameaça feita pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza de entrar na Justiça contra a legenda para cobrar os empréstimos feitos pelo ex-secretário Delúbio Soares, Pimentel voltou a afirmar que a sigla honrará todos os compromissos legais, mas que não assumirá nenhum tipo de débito referente a operações feitas pelo ex-secretário sem que houvesse uma aprovação da diretoria da agremiação. "O papel do Poder Judiciário é exatamente esclarecer as dúvidas porventura existentes", afirmou o secretário.

Sobre se Valério teria como reunir elementos suficientes para comprovar a existência dos débitos, Pimentel retrucou: "Esta é uma pergunta que deve ser feita a ele e não a mim. O nosso papel no partido foi identificar tudo o que foi legalmente contraído e autorizado pelas instâncias partidárias."




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