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Marcelinho nao se julga 'renegado' da Seleçao
Nelson Cilo
Especial para o Diário
27/02/2000 | 19:06
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  A exemplo de Edílson, Marcelinho Carioca recusa sistematicamente o rótulo de renegado de Wanderley Luxemburgo. Tanto quanto o companheiro de equipe, o craque nao acredita que o técnico ainda guarde mágoas das eventuais brigas entre ambos nos tempos em que o treinador esteve no Corinthians.

De repente, o meia decidiu quebrar o silêncio sobre o tema Seleçao Brasileira e, às vésperas das Eliminatórias da Copa do Mundo, reivindica um lugar na próxima lista. "O Luxa é uma pessoa muito sincera. Quando ele pegava no pé da gente, saía até faísca. Mas, depois, tudo terminava bem. O professor nao é uma pessoa rancorosa. Fala direto e de frente. Também sou assim. Nas poucas vezes em que nos reencontramos, mantivemos um relacionamento cordial. Nao temos nenhum problema. O que passou, passou. O que importa é que nos respeitamos", supoe.

Nos dois amistosos em que Marcelinho Carioca defendeu a Seleçao de Luxemburgo, em 98, ele marcou dois gols - um de falta contra a Iugoslávia e mais um diante dos Estados Unidos. "Acho que nao decepcionei. Agora, espero outra chance. Creio que posso ajudar o Brasil nas eliminatórias. É um desafio que carrego comigo e sei que mostro condiçoes de alcançá-lo", avisa.

Marcelinho Carioca assume o temperamento forte, mas garante que amadureceu demais nos últimos anos. Segundo ele, alguns contratempos - como as expulsoes desnecessárias - o ajudaram a exercitar a paciência na hora dos conflitos. "Podem ver como já nao reclamo de bobeira. Sou um cara muito mais tranqüilo", supoe o jogador, que assume apenas uma dívida. "Parei de marcar gols, é verdade, mas vou acertar logo minha pontaria".

Ao retomar a tarja de capitao do time - que estava sem dono desde a saída de Rincón -, Marcelinho Carioca nao vê nenhum privilégio na escolha do técnico Oswaldo de Oliveira. "Basicamente, o capitao deve repassar experiência e liderança. Mas o Vampeta, o Edílson, o Luizao e o Adílson também revelam esse perfil. Taí uma coisa que nao me preocupa. O fundamental é que o grupo mantenha um ambiente de amizade e de muita camaradagem", avalia.

O meia disse que aposta no sucesso da futura atividade como apresentador de um programa de auditório na TV Bandeirantes - a estréia está prevista para o dia 12 de março. Segundo ele, a nova atividade nao vai prejudicá-lo em nada. "Ao aceitar o convite da emissora, deixei claro que a minha prioridade é o futebol. Pretendo conciliar as duas tarefas numa boa", explicou Marcelinho, que concluiu há alguns dias a gravaçao do piloto do programa destinado ao público de diferentes faixas. "Na teoria, parecia mais complicado, mas penso que agradei. Me senti à vontade. Nao deu tremedeira".




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