Política Titulo Merenda
Câmara de S.Bernardo convoca Cleuza Repulho

Responsável pelo corte de merenda no município,
chefe da Educação irá à Casa prestar esclarecimentos

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
12/02/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A secretária de Educação de São Bernardo, Cleuza Repulho, foi convocada ontem pela Câmara para prestar esclarecimentos após determinar corte de merenda na rede municipal, afetando cerca de 85 mil crianças da pré-escola e Ensino Fundamental, cuja idade varia entre 5 a 10 anos.

Cleuza, que é ré em ação civil pública proposta pelo Ministério Público, que apontou superfaturamento na compra de tênis e mochilas a alunos da rede pública em 2010 e 2011, deve comparecer ao Legislativo no dia 25, já que o regimento interno da Casa prevê prazo superior há pelo menos dez dias, após convocação.

O requerimento de convocação partiu do próprio bloco de sustentação do governo do prefeito Luiz Marinho (PT), que se viu acuado após reportagem do Diário, da semana passada, em que revelou o plano de restrição no repasse para custear os alimentos. A denúncia foi trazida à tona pelo vereador de oposição Julinho Fuzari (PPS), depois de reclamação de professores da região do Riacho Grande. A Prefeitura justificou na ocasião que determinação trata-se de “adequação” na distribuição, por conta de fatores como “desperdício de alimento” e constatação de “sobrepeso e obesidade em 20% das crianças da rede”.

Para Julinho, o episódio serviu de aprendizado para os parlamentares, lembrando a censura imposta por parte da ala governista, que o impediu de usar a tribuna para abordar o tema. “Hoje (ontem) o que estamos vendo é uma sensibilização de todos os vereadores, o que mostra o erro deles da semana passada quando me impediram de abordar a pauta para trazer o conhecimento de todos”, argumentou o popular-socialista, que ingressou com ação na Promotoria da Justiça da Infância e Juventude na Comarca de São Bernardo.
Um dos vereadores situacionistas a encampar a convocação de Cleuza, Ramon Ramos (PDT) assegurou a necessidade do requerimento. “Não tivemos conhecimento do plano pelo Executivo. Então, nada mais justo que se tenha essa explicação”, considerou.

CENÁRIO
O plenário da Câmara foi palco de um panelaço, promovido por professores e pais de alunos, que orquestraram gritos de protestos, como “fora PT” e vaias a Marinho.
Líder do governo, José Ferreira (PT) tratou por minimizar a manifestação. “Qualquer um tem direito de reclamar, mas o que estamos vendo aqui são muitas pessoas ligadas a políticos”, comentou. 




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