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Limpeza profissional está em alta
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
04/08/2011 | 07:30
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Divulgação


O Brasil é um dos poucos países do mundo que está em franco crescimento no setor de limpeza profissional. Nos demais, a maré recua. É o que aponta o presidente da Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional, Luciano Galea, ao comentar que a variação de crescimento no País é de 3% a 4% acima da inflação. Apenas em 2010, o setor movimentou R$ 15,2 bilhões, dentro de leque composto por 14,5 mil empresas. Os dados foram divulgados ontem pela entidade.

O segmento comporta várias frentes, todas com expectativa otimista em relação ao ano passado. No ramo de equipamentos, acessórios, máquinas e limpeza profissional a projeção é de 12%. Somente nesse último grupo, há cerca de 750 mil trabalhadores. Somando toda a cadeia de atividades no segmento chega a 1,5 milhão de profissionais. "É o setor que mais emprega no País, só perde para a construção civil", destaca Galea.

Nas máquinas é onde está o ouro do segmento quanto ao faturamento. Já na parte que diz respeito a limpeza ambiental, químicos, além da prestação de serviços, a previsão de alta se limita apenas a corrigir a inflação acumulada do ano, em até 8%. Ciclo repetido desde 2008. Em todo o segmento, o crescimento anual é de 4,5% em média.

A alta absorção de terceirizados contribuiu para ajudar o País a impulsionar o setor, ao contrário do que ocorre na Europa ou Estados Unidos, que enfrentam problemas com endividamento. A expectativa é que o crescimento do setor siga também nos próximos anos.

"Nos serviços públicos, o percentual atinge 90% quanto à terceirização", exemplifica Galea, comentando que entre as escolas e os hospitais ainda há barreiras. No setor privado, a margem é menor, atingindo cerca de 55% das empresas. O estudo mostra que o segmento de limpeza terceirizada é um dos principais empregadores do País, atrás apenas da construção civil.

Fabio Sandrini, diretor executivo da VS Serviços, do grupo Verzani & Sandrini, de Santo André, diz que sua empresa espera crescer até 8% neste ano. Ele comenta que o setor é flexível, empregando os não qualificados. "Muitos postos exigem qualificação, mas não estamos preparados para isso ainda. Nosso setor movimenta a economia." Apesar disso, diz que a quebra na imigração de pessoas do norte e nordeste - maioria nesse nicho - rareou a oferta. Entrave que impede a expansão em ritmo maior. Como alternativa, o ramo investe na modernização tecnológica.

FEIRA - Uma das maiores feiras do setor, a Higiexpo, começou ontem e vai até amanhã em São Paulo. O evento reúne 87 expositores, sendo quatro da região. O público previsto é de 11 mil pessoas, contra 7.500 da última edição. Paralelamente ocorre a 23ª edição do Congresso Internacional do Mercado de Limpeza Profissional, o Higicon, com profissionais e empresas do Exterior.

A ideia é discutir esse mercado, divulgar novas linhas tecnológicas aliada aos serviços, além de ter palestras e apresentações de produtos. Tem até desfile de moda com roupas usadas por profissionais do ramo. Os eventos são abertos ao público e têm entrada gratuitas, no pavilhão amarelo do Expo Center Norte, Capital.




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