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Sindicalistas vão protestar contra aposentadorias na Itália
Da AFP
04/12/2003 | 15:15
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Mais de um milhão de pessoas deverão participar, no próximo sábado, em Roma, de uma manifestação nacional contra o sistema de aposentadoria proposto pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi. O protesto foi convocado pelas três maiores centrais sindicais da Itália.

A manifestação vai ressaltar o tenso clima político e social na Itália, num momento em que o premiê está sendo criticado por ter impulsionado a aprovação de uma lei que favorece seu império de comunicação.

A iniciativa sindical foi decidida depois da greve geral de quatro horas de 24 de outubro passado, organizada para protestar contra as reformas propostas pelo governo, entre elas a do sistema de aposentadorias, que impõe um mínimo de 40 anos de contribuição.

Os três grandes sindicatos, CGIL (esquerda), CISL (católico), e inclusive o mais moderado, UIL, que no total agrupam mais de 11 milhões de trabalhadores, se opõem à reforma porque recai sobre o sistema de previdência social. "A terapia proposta pelo governo para resolver os problemas do sistema de aposentadoria é inaceitável", afirmou Luigi Angeletti, líder da UIL.

A Itália conta com mais de sete milhões de aposentados, numa população de 57 milhões, e qualquer mudança do sistema de aposentadoria suscita confrontos entre os sindicatos e as empresas. A primeira reforma do sistema foi feita em 1995 pelo governo de Lamberto Dini.

O primeiro governo de Berlusconi, em 1994, não conseguiu impor essa reforma, já que foi rechaçada com uma manifestação histórica convocada pelos sindicatos, a qual mobilizou em Roma quase um milhão de pessoas.




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