Economia Titulo Veículos
Venda de carros novos tem queda de 31%
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
03/02/2015 | 07:08
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Depois do fim do desconto no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), as vendas de carros zero-quilômetro tiveram retração de 31% no primeiro mês de 2015 na comparação com o número de licenciamentos de novos em dezembro.

De acordo com dados apurados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), foram comercializados em janeiro 243.904 automóveis e comerciais leves no País, contra 353.581 no mês anterior. Para o presidente do Sincodiv-SP (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado de São Paulo), Octavio Vallejo, a retirada do incentivo tributário – a alíquota do imposto retornou ao patamar normal e, no caso dos carros de motor 1.0, voltou a 7%; até dezembro, era de 3% – colaborou para isso.

O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior cita que, mesmo com dois dias úteis a mais em janeiro, houve antecipação de compras, em dezembro, por causa do fim do benefício.

Vallejo acrescenta que janeiro, tradicionalmente, é mais fraco de vendas, já que é um mês de férias. Assumpção Júnior observa que há, no período inicial do ano, o acúmulo de despesas como o pagamento do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e material escolar, entre outros. Mesmo levando em conta esses fatores sazonais, o número de emplacamentos ficou aquém (baixa de 18%) dos de janeiro de 2014 – nesse mês, foram comercializadas 299.735 unidades.

Para o presidente da Fenabrave, além da sazonalidade, o baixo desempenho da economia faz com que o consumidor pense mais na hora de assumir dívida de longo prazo.

Vallejo complementa ao dizer que a situação econômica gera desânimo do empresariado e preocupação dos consumidores com a possibilidade de perda do emprego, o que também afeta as vendas.

Assumpção Júnior espera que esse cenário mude ao longo de 2015. Para ele, a entrada em vigor da lei 13.043/2014, que facilita para os bancos a retomada de bens com parcelas em atraso, deve estimular a concessão de crédito no mercado neste ano.  




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