Existe um consenso entre os motoristas de que um dos principais itens de conforto de um veículo é um sistema de direção que ofereça mais facilidade na hora de esterçar e manobrar. Atualmente, os automóveis contam com diferentes tipos de direção, como hidráulica, elétrica ou eletro-hidráulica, mas o que realmente interessa ao condutor é fugir da dura e pesada direção mecânica.

Carlos Henrique Ferreira, engenheiro da Fiat, explica como funciona o sistema mecânico. "Ao virar o volante, giramos a coluna de direção, que aciona a caixa de direção; esta, por sua vez, aciona a cremalheira, que faz as rodas virarem. Se a direção é mecânica, todo o esforço para virar o pneu é feito pelo motorista."

Jomar Napoleão, vice-diretor do Comitê de Veículos de Passeio da SAE Brasil, lembra que o sistema mecânico é mais comum em carros populares. "Além de ser o primeiro sistema de direção, ele é mais encontrado em modelos leves e pequenos. Em automóveis mais pesados, ficaria mais difícil dirigir."

Todos os outros tipos de direção têm o objetivo de reduzir o esforço do motorista. "O sistema de direção hidráulica prevê um circuito de óleo que passa pela caixa de direção. Este óleo é movimentado (forçado) por uma bomba que, por sua vez, é acionada pelo motor do veículo através de uma correia. No sistema eletro-hidráulico, a bomba hidráulica que movimenta a direção é movida por um motor elétrico e não pelo motor do carro. Sendo assim, o sistema não rouba potência do motor", explica Ferreira.

"Além de aumentar o conforto, o sistema hidráulico de direção também aumenta a segurança do motorista, pois ele tem maior controle sobre o carro", ressalta Napoleão.

O único modelo da Fiat cujo sistema de direção é elétrico é o Stilo. O engenheiro da montadora explica como funciona. "Um motor elétrico é instalado diretamente na coluna de direção com o objetivo de reduzir o esforço do motorista. Neste caso, também não se rouba potência do motor."

"O sistema elétrico é mais sofisticado que os outros, por isso ainda são poucos os modelos que contam com o recurso; o uso é mais restrito. O controle sobre o carro é maior, pois em determinadas velocidades o motor elétrico varia a força necessária para movimentar o volante. conclui Napoleão.

(Supervisão Sueli Osório)