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Nesta segunda ele defendeu a mulher e disse acreditar na sua nova versão. Agora ela afirma ter sido vítima de uma armação. Na última quinta-feira, Adriana foi presa em flagrante e confessou à polícia ter pago R$ 50 ao travesti para que ele deixasse o bebê em um banheiro do Hospital São Caetano, no bairro Santo Antônio. O travesti fingiu aceitar a proposta; pegou a criança e o dinheiro, mas levou o bebê direto para a delegacia. Antes disso, ainda anotou a placa do Gol de Adriana.
Na mesma noite, a mãe da criança foi localizada pela polícia e levada à delegacia. No 1ºDP, ela confirmou toda a versão do travesti – e assinou um documento comprovando a história. Pagou R$ 300 de fiança e foi liberada. Na quinta-feira, ela disse à polícia que estava arrependida do que havia feito.
Nesta segunda, em seu apartamento no Jardim Lavínia, em São Bernardo, ela voltou atrás sobre tudo que havia dito na semana passada. Durante cerca de uma hora, disse à reportagem que foi vítima de uma armação. Segundo a costureira, uma pessoa a ameaçou por telefone na segunda-feira da semana passada e, por medo, ela teria assumido a culpa de tudo. Na nova versão de Adriana, a criança foi tirada de casa por uma mulher, que entrou no seu apartamento e pegou a menina na frente das duas irmãs, de 5 e 13 anos.
Adriana não soube dizer quem é a mulher que pegou a criança de sua casa. Ela disse que a intenção da mulher seria expulsá-la de seu apartamento. A costureira se mostrou confusa e também não soube explicar como o travesti a conhecia e tinha as placas de seu Gol. “Assumi a culpa por medo de que fizessem mal às minhas filhas. Eu vivo para elas”, disse.
Ainda na quinta-feira, a costureira perdeu a guarda da criança, que está vivendo provisoriamente com a avó materna, a cozinheira Maria Félix da Silva, 51 anos. Adriana aguarda em liberdade o julgamento do processo que foi movido contra ela. “Parece que tudo foi um sonho, que não aconteceu de verdade”, disse Adriana.
No domingo anterior, Adriana havia discutido com o marido. Na quinta-feira, ao saber do que a mulher era acusada, ele disse que não voltaria para casa.
Para o delegado titular do SIG (Setor de Investigações Gerais) de São Caetano, Moisés Maximiano, a costureira segue orientação de seu advogado. “O carro é dela, a história contada pelo travesti é coerente e, além disso, ela confessou tudo (na quinta-feira). Para mim, não há dúvida de que a mãe tentou abandonar a filha.” O delegado, entretanto, respeita a defesa de Adriana. “Ela tem todo o direito de negar e até de mentir para se defender”, afirmou.
O advogado de Adriana, Alberto Paes de Camargo Júnior, 30 anos, afirmou que esta versão realmente será a defesa da costureira para tentar recuperar a guarda da filha de 8 meses.
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