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Chuva causa o maior congestionamento do ano em SP
30/01/2004 | 23:24
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  Enchente, trânsito caótico, falta de energia elétrica e alagamentos nas estações de trem. O paulistano viveu uma tarde de caos, nesta sexta, por causa da tempestade que começou depois das 16h30. De manhã, os termômetros marcavam 32 graus e fazia muito calor. A zona Leste, que ficou em estado de alerta, foi a região mais prejudicada.

Nas avenidas Aricanduva e Luís Inácio de Anhaia Melo, muita gente ficou ilhada dentro dos carros e ônibus. Os bombeiros tiveram que usar até jet-ski para resgatar as vítimas. Às 17h, havia dez pontos de alagamento – quatro intransitáveis – na cidade, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura. Eram nas avenidas Salim Farah Maluf, Alcântara Machado e Luís Inácio de Anhaia Melo.

O trânsito ficou complicado durante toda a tarde e começo da noite. Às 19h, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou 145 quilômetros de congestionamento, o segundo maior índice do ano. A média para as sextas-feiras de janeiro é de 88 quilômetros.

A dona de casa Maria José Gomes, 43 anos, moradora da avenida Aricanduva, reclamou da ineficiência de um piscinão, construído perto de sua casa, em São Mateus. “Não serviu para nada. Continuamos sofrendo com a enchente.” A água chegou a um metro e meio de altura dentro de sua residência, construída acima do nível da rua.

Também morador da avenida Aricanduva, o pedreiro José Aílton Domingos Bezerra, 25, teve de atravessar a pé uma rua vizinha para chegar à sua casa alagada. “Tenho medo de pegar leptospirose, mas não há o que fazer. Podia perder os poucos móveis que tenho”, justificou. Com a mulher, ele se preparava para passar a noite limpando a sujeira provocada pela enchente.

Além dos incômodos da enchente, os moradores de bairros como a Vila Carrão, Vila Talarico, Vila Prosperidade, Vila Prudente, na zona Leste, Cidade Jardim, na zona Sul, e Lapa, na zona Oeste, tiveram um problema adicional: a falta de energia elétrica. Segundo a AES Eletropaulo, a queda de energia foi causada pela chuva e fortes ventos.

Às 20h, 250 equipes de técnicos da empresa trabalhavam para tentar normalizar a situação.

As composições da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também tiveram problemas com a chuva, um dia depois do acidente na Estação Imperatriz Leopoldina. A Linha D, da Luz até Rio Grande da Serra, ficou interrompida das 17h45 até as 19h30 por causa de alagamentos na linha.

Na linha A (Luz-Francisco Morato) ocorreram duas panes na sinalização, por causa da queda de energia na Subestação Tietê. Também foi registrado alagamento em Ferraz de Vasconcelos e nas estações do Grande ABC.




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