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Pecuaristas protestam contra fronteiras de controle da aftosa
Do Diário do Grande ABC
23/02/2000 | 17:20
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Cinqüenta vacas foram abatidas e 12 mil quilos de carne distribuídos, gratuitamente, para milhares de pessoas nesta terça em Cáceres, oeste do Mato Grosso, na divisa com a Bolívia, durante o protesto dos criadores de gado do Vale do Guaporé. Na regiao existe apenas um frigorífico para um rebanho bovino de 3,5 milhoes de animais. Ao todo, sao 5.500 propriedades que estao na área de risco da febre aftosa. Os pecuaristas querem que o Ministério da Agricultura libere a comercializaçao do produto para outras regioes do país.

Apesar do protesto, o ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, disse que as fronteiras deverao permanecer fechadas até maio do ano que vem. O ministério continuará cumprindo com rigor as normas de restriçoes de animais, para nao colocar em risco as condiçoes sanitárias conseguidas pelos Estados do circuito Centro-Oeste (Sao Paulo, Goiás, Paraná, Mato Grosso, Distrito Federal e Minas Gerais).

O Ministério da Agricultura interditou o trânsito e a comercializaçao de bovinos na regiao da fronteira com Rondônia e a Bolívia desde o dia 1º de agosto de 1999. Nesta quinta, pecuaristas de Mato Grosso reúnem-se com o ministro. Eles vao apresentar algumas propostas, entre as quais, a volta do "Corredor Sanitário", ou "Análise de Risco", um estudo em cada propriedade para constataçao sobre as condiçoes do rebanho.

A área de risco da febre aftosa em Mato Grosso representa pouco menos de 10% do rebanho bovino do Estado, que é de 50 milhoes de animais. "Temos que cumprir a legislaçao para nao colocar em risco a imagem do Estado e do País", disse Enio Arruda, presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea). Em maio, a Organizaçao Internacional de Epizootia deverá reconhecer o circuito como livre da febre aftosa .Com o certificado, a carne poderá ser comercializada em outros países.




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