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Copa alavanca cursos de inglês
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
11/03/2010 | 07:00
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A quatro anos da realização da Copa do Mundo no País, uma fatia da população do Grande ABC se movimenta para aprender a língua inglesa e não ficar para trás na hora de disputar uma oportunidade de trabalho durante o torneio e, mais adiante, para a Olimpíadas. Neste início de ano, diversas escolas já registram aumento de 5% a 10% nas matrículas.

O gerente de padaria Fabio de Almeida, 31 anos, trabalha em Santo André e matriculou-se no curso de inglês há duas semanas. "Atendemos muitos estrangeiros e este número crescerá com a realização da Copa, devido à proximidade da região com São Paulo", avalia.

Além de o estabelecimento estar próximo de alguns hotéis na cidade, Almeida não descarta conseguir alguma oportunidade durante o evento ou mesmo assistir jogos na África do Sul, pois tem parentes que moram no país-sede do campeonato que ocorre neste ano.

Os alvos das escolas são profissionais do setor de turismo: agentes de viagens, taxistas, atendentes de hotéis. Também não escapam os metalúrgicos e funcionários do polo petroquímico.

"Realmente a procura cresceu em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Cerca de 20% dos interessados relatam a Copa do Mundo como motivo para o curso de inglês", afirma o franqueado da Wizard Santo André, Alexandre César Nunes.

Entre janeiro e fevereiro foram realizadas 500 matrículas, alta de 5% frente a 2009. A unidade tem parceria com o Blue Tree Towers e o ABC Rádio Taxi. A estratégia de Nunes com a cooperativa foi fazer de propaganda da escola no vidro traseiro dos veículos.

REAJUSTE - O aumento do número de interessados nas escolas de idiomas e, consequentemente, nas matrículas, elevou o preço das mensalidades em algumas escolas em até 10% neste ano.

Mesmo assim, a quantidade de alunos quase triplica mensalmente em determinadas unidades, como na Lexical - do Omtez Group, dono da Wise Up. O franqueado da rede, Dennis Bello, aponta que os pais estão se preocupando com a formação dos filhos. "A demanda cresceu para alunos com idade entre 17 e 19 anos", diz.

Mesmo assim, o franqueado da Lexical - aberta em novembro - crê que quanto mais próximo da Copa maior será a procura, pois o brasileiro costuma deixar muita coisa para última hora e o curso da rede dura 24 meses.




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