"É importante lembrar que problemas de memória nao indicam necessariamente o início do mal de Alzheimer ou de alguma outra doença neurológica incurável", disse a professora Gunhild Waldemar, do hospital da Universidade de Copenhague. A equipe de pesquisadores comandada pela professora Gunhild examinou durante 40 meses 785 pessoas que se queixavam de problemas de memória. Somente 43% sofriam do mal de Alzheimer ou de outra forma de demência.

Os especialistas ainda lembraram que em 20% dos pacientes observados as perdas de memória tinham causas que poderiam ser tratadas. Isso nao quer dizer que o mal de Alzheimer seja reversível, mas que alguns sintomas podem ser tratados. Entre as causas anexas que afetam a memória, explica a professora, estao a depressao nervosa, a pressao arterial, problemas de tireóide e alcoolismo.

"Se a causa subjacente da perda de memória pode ser tratada, é importante identificá-la para aconselhar uma terapia", enfatiza a professora Gunhild. Ela espera que o estudo estimule as pessoas com problemas de memória a consultar seus médicos.

Segundo ela, os primeiros sinais inquietantes sao esquecer nomes de pessoas próximas, colocar objetos nos lugares errados e esquecer as datas com freqüência. Entre os meios de melhorar essas condiçoes estao, entre outros, a medicaçao com antidepressivos, a melhoria do regime alimentício e o aumento do trabalho intelectual.