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Táticas da Guerra Fria invadem campanha democrata nos EUA
Da AFP
01/03/2008 | 11:39
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Os pré-candidatos democratas Hillary Clinton e Barack Obama lutam desde sábado para demonstrar quem pode garantir a segurança e prosperidade dos Estados Unidos, em uma importante etapa da campanha para a Casa Branca, já que se aproxima a hora da decisão.

No momento mais explosivo da disputa democrata até agora, Hillary estreou na sexta-feira um 'spot' televisivo com ameaças ao estilo dos tempos da Guerra Fria, sugerindo que Obama não tinha experiência para enfrentar uma crise internacional ou mesmo proteger as crianças do país.

A ex-primeira-dama adotou essa tática enquanto luta para manter viva sua campanha, com a aproximação das primárias do Texas e de Ohio na terça-feira, que serão cruciais para decidir se ela irá continuar na campanha.

O vídeo de Hillary, que começou a ser transmitido no Texas exibe crianças dormindo, sob um insistente som de um telefone tocando. "São 3:00 da manhã e seus filhos estão a salvo dormindo. Mas há um telefone na Casa Branca e ele está tocando", diz o narrador.

"Algo está acontecendo no mundo. Seu voto decidirá quem responderá a esse chamado", acrescenta. O 'spot' não menciona Obama nominalmente, mas é clara a sugestão de que ele é muito inexperiente para suportar uma crise perigosa, e termina mostrando Hillary respondendo seriamente ao telefone.

Posteriormente, em um encontro político na sexta, Hillary advertiu que quando o telefone toca às três da manhã, "não há tempo para discursos, não há tempo para treinamento", em outro ataque contra o rival.

A equipe de Obama respondeu com um aviso relâmpago no mesmo tom, fazendo referência à guerra do Iraque, que a ex-primeira-dama apoiou em 2002. A resposta do senador por Illinois também mostra crianças dormindo, mas com uma mensagem diferente.

"Algo está acontecendo no mundo. Quando o telefone for atendido, não deve ser o presidente o único que teve juízo e coragem para ser contra a Guerra do Iraque desde o início?"

Obama, favorito a ganhar as últimas 11 consultas para a escolha do candidato do Partido Democrata para as eleições de novembro, acusou Hillary de estar criando temores. "Já vimos isso antes, comumente brincam com os temores do povo para tentar afastar nossos votos", disse o senador de 46 anos de idade em um comício no Texas.

Em uma pesquisa divulgada na quinta-feira dá ao senador por Illinois 48% de intenções de voto contra 42% para Hillary no Texas, enquanto em Ohio as sondagens mostram uma apertada vantagem para a ex-primeira-dama.




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