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Adauto Reggiani assume cadeira de Moacyr na Câmara de S.Caetano
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
05/11/2008 | 09:23
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Análise de projetos de lei, participação em comissões, votações de proposituras e atendimento ao público já não fazem mais parte da rotina do ex-vereador de São Caetano Moacyr Rodrigues (DEM). Terça-feira, o parlamentar, que perdeu o mandato por infidelidade partidária, discursou pela última vez na Câmara. "Foi uma despedida antecipada", discorreu o democrata, que preferiu não tentar o terceiro mandato consecutivo neste ano. Para substituí-lo, foi empossado Adauto Reggiani (PMDB).

Moacyr subiu à tribuna no início da sessão e falou por cerca de 30 minutos. Relembrou eleições anteriores e lamentou a decisão do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), a qual julgou procedente a ação impetrada por seu ex-partido. No processo, o PMDB reivindicou a cadeira, pois, segundo o partido, sua saída, em agosto de 2007, não ostentou justificativa plausível.

"Sou favorável à fidelidade partidária. Fiquei por 16 anos na mesma legenda e tive relevantes motivos para deixá-la. Respeito a decisão do Tribunal, acato, ela foi feita para ser cumprida, mas não concordo", observou.

Moacyr Rodrigues argumentou na ação que, além de a sigla ter lhe restringido espaço, a resolução 22.610 do TSE é "inconstitucional e inconcebível, porque foi retroativa e contra orientações anteriores do STF (Superior Tribunal de Justiça)". E convocou os políticos brasileiros para reverem a legislação sobre fidelidade. "Não podemos permanecer escravos de uma agremiação política."

Adauto Reggiani ressaltou que a "briga" foi estabelecida entre os partidos e não entre os dois políticos. O peemedebista trabalhará por pouco mais de um mês, ou cinco plenárias ordinárias. "Há projetos essenciais para serem apreciados, como o Orçamento de 2009 e a maior reforma administrativa da Prefeitura. É importante participar dessa história."

Adauto já participou da sessão de terça-feira que, dentre outras matérias, aprovou reajuste de 12,30% no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). O percentual, segundo o projeto do Executivo, foi definido de acordo com a inflação de 30 de setembro de 2007 a 1º de janeiro deste ano, medida pelo IGPM-FGV (Índice Geral de Preços do Mercado da Fundação Getúlio Vargas).




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