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Lula critica oposição e diz que o Brasil será prejudicado sem a CPMF
Do Diário OnLine
14/12/2007 | 20:04
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não perdeu a oportunidade nesta sexta-feira de atacar os partidos que fazem oposição ao seu governo (PSDB e DEM), principais responsáveis no Senado pela rejeição da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prorrogaria até 2011 a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), imposto que deixará de existir a partir de 1º de janeiro de 2008.

Durante sua participação em um evento na Ford, em São Bernardo, Lula deixou claro que tucanos e democratas só votaram contra o chamado 'imposto do cheque' porque não utilizam o SUS (Sistema Único de Saúde). Sem o tributo, a área de saúde será a mais prejudicada, pois ela ficaria pelo menos com a maior parte dos R$ 40 bilhões que a CPMF arrecadaria no ano que vem.

No discurso, o chefe de Estado brasileiro ainda lembrou que, sem a CPMF, fica prejudicada a chamada Emenda 29, aprovada no Congresso Nacional no âmbito das negociações sobre a Contribuição. "Alguém vai ter que responder porque a saúde não terá R$ 24 bilhões a mais nos próximos quatro anos", protestou.

Apesar das críticas contra a oposição, Lula não deixou de agradecer o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que até o último momento tentou, sem sucesso, convencer os senadores do seu partido a votarem a favor da PEC da CPMF.

Maior prejudicado –
De acordo com Lula, além da população pobre do país, o mais prejudicado pelo fim do tributo será o próximo presidente da República, eleito em 2010 e que assumirá o cargo em 2011. "Eu não sou mais candidato", reiterou.

Assim como já havia feito o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ele garantiu que o governo continuará cumprindo as metas fiscais e mantendo o superávit primário.

PAC –
Mesmo em a CPMF, o presidente garantiu a continuidade das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), sua principal plataforma de governo no segundo mandato. "A tendência é continuar crescendo", assinalou.

"Só na área de urbanização de favelas são R$ 40 bilhões, e não pensem que eu vou mexer nisso porque derrubaram a CPMF", afirmou.

Segundo ele, para a área habitacional estão destinados R$ 106 bilhões até 2010, fora o dinheiro financiado pelo sistema financeiro privado. "Eu acho que as coisas vão acontecer, porque todos percebem que há um clima melhor na sociedade. Há um grau de confiança", destacou.

Mais tarde, Lula participou da inauguração da primeira agência da Previdência Social especializada em benefícios por incapacidade, que começará a funcionar na segunda-feira em São Paulo.




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