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Reali é impedido de votar em Diadema
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
27/07/2009 | 07:00
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Na condição de morador e cidadão de Diadema, o prefeito Mário Reali (PT) foi teclar seu voto na eleição do Conselho Tutelar no domingo, precisamente às 11h15, na Escola Municipal Anita Catarina Malfatti, localizada na região central. No entanto, o chefe do Executivo esqueceu o título, e, consequentemente, foi barrado pela organização do certame. A saída foi afirmar que voltaria mais tarde. No entanto, a Prefeitura não confirmou o retorno do petista ao colégio eleitoral.

Para votar, bastavam o título de eleitor ou comprovante de votação emitidos pela Justiça Eleitoral e a carteira de identidade ou mesmo de habilitação com foto. "Não abrimos exceção. Aliás, o exemplo tem de vir de cima", afirmou a procuradora do município Fátima Serra, que trabalhava na função de mesária. E acrescentou: "A Débora (de Carvalho Baptista, mulher do prefeito), é também procuradora e sabe disso".

Reali chegou à escola acompanhado da mulher e do filho mais novo, mas ficou por pouco tempo. Sobre a importância do trabalho do conselheiro tutelar, o prefeito afirmou, como pai, ser "fundamental" para garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. "Sem falar que o voto é um instrumento da democracia", afirmou o prefeito-eleitor.

Porém, exceção ao prefeito, nem todo morador demonstrou conhecer a importância do papel de um conselheiro. "Tenho dois netos e precisamos da Prefeitura para escola. Somos pobres", afirmou Francisca Silvério de Souza, 57 anos, moradora na Vila Élida, quando saía da Anita Malfatti, depois de votar em uma candidata. Mas o interesse real de Francisca era contar que conheceu o norte-americano Elvis Presley, em Las Vegas, nos tempos de glória do rei do rock. "Você escreve isso na reportagem", indagou.

Estreante na eleição que escolheria os dez representantes do Conselho Tutelar para mandato de três anos, o auxiliar financeiro Paulo Henrique Rocha, 24 anos, nem imaginava os atributos da função. "Vou votar no meu amigo porque ele pediu, mas não explicou para que seria", ressaltou o jovem, que votaria a tarde na Escola Municipal Professora Hercília Ribeiro.

Mesmo diante da falta de conhecimento de parte da população, o candidato de primeira viagem e ex-jogador de basquete Leandro Peixinho Santiago defendeu Diadema como uma "cidade politizada". O conselheiro recebe verba mensal de R$ 2.340.




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