Política Titulo
Damo representa contra Dias
Gilberto Bergamim Jr
Do Diário do Grande ABC
24/12/2000 | 17:20
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Os partidos PSDB, PSB, PRP, PAN e PRTB apresentaram nesta semana na 217ª Zona Eleitoral de Mauá um recurso contra a expediçao do diploma do prefeito reeleito, Oswaldo Dias (PT), e de seu vice, Márcio Chaves Pires (PT). Foram apontados no recurso "suposto uso da máquina administrativa durante a campanha, coaçao de servidores e promessas eleitorais".

Diz o texto da representaçao que "há prova de que os requeridos contrataram, visando burlar a lei, servidores para os quadros de pessoal da Prefeitura, em período proibido".

Os representantes dos partidos também acusam Oswaldo Dias de ter se utilizado de uma matéria jornalística, de 1971, contra o candidato Leonel Damo, visando "macular" o nome do tucano, sem esclarecer que nao existiu açao penal a respeito da denúncia que consta na reportagem.

Alegando utilizaçao de campanha ilícita por parte dos petistas, no recurso é retratado também que houve "irregularidades e nulidades durante a votaçao, as quais viciaram totalmente o resultado das urnas". Os partidos afirmam ter apresentado provas.

O presidente do PT de Mauá, Valdeir Ribeiro, foi procurado pela reportagem do Diário durante três dias mas nao foi localizado até o fechamento desta ediçao. A assessoria de imprensa da Prefeitura declarou que somente ele deveria comentar o recurso.

Segundo o tucano derrotado no dia 29 de outubro, Leonel Damo (PSDB), nao há justificativa para a vitória de Dias com diferença de cerca de 12 mil votos. "Isso tem de ser investigado. No dia da eleiçao eu aparecia nas pesquisas com dois pontos na frente dele e isso é estranho", disse.

Segundo os requerentes, em relaçao às prestaçoes de contas dos gastos dos candidatos majoritários no município, "ficou evidente" um suposto uso de poder econômico e ocorrência de desvios por parte de Dias e Chaves. "Estes afirmaram que gastaram R$ 622,6 mil, enquanto Leonel Damo gastou R$ 369 mil. O estranho é que Oswaldo Dias afirma que recebeu R$ 359 mil com comercializaçao de bens, mercadorias e serviços, sem apresentar comprovantes idôneos. Mercadorias têm custo. Bens têm valor. Nada disso foi esclarecido", alegam no recurso.

O documento foi protocolado pelo presidente do PRP, Evanildo Lourenço Figueiredo, conhecido como Pastor Lourenço. "Houve fraude na eleiçao e isso é certeza. Espero que a justiça seja feita", afirmou.




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