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Copa de 2014 vai gerar R$ 183 bi para o País
11/05/2010 | 07:00
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A Copa do Mundo de 2014 vai gerar R$ 183 bilhões para a economia brasileira a partir de 2010 até 2019. A perspectiva abrange impactos diretos - investimentos em infraestrutura, turismo, empregos, impostos, consumo - e indiretos, que inclui a recirculação de todo o dinheiro no País, o que representa 0,4% do PIB (Produto Interno Bruto) acumulado no período, segundo estudo realizado por uma consultoria para o Ministério do Esporte.

Os dados foram apresentados no Encontro Técnico de Segurança para a Copa de 2014, que começou ontem, em Brasília e vai até sexta-feira. Segundo o trabalho, somente em infraestrutura os investimentos projetados chegam a R$ 33 bilhões, incluindo estádios, mobilidade urbana, portos, aeroportos, telecomunicações, energia, segurança, saúde e hotelaria. Isso equivale ao custo de construção de 24 mil quilômetros de estradas.

Na parte de turismo, a previsão é de que 600 mil turistas assistam à Copa no Brasil e que 3 milhões de brasileiros se desloquem internamente, o que terá impacto de R$ 9 bilhões. No consumo, haverá também fluxo de R$ 5 bilhões, causado pelas obras, que geram empregos e também massa salarial, entre trabalhadores permanentes e temporários. Somados, os impactos devem incrementar o PIB em R$ 47,9 bilhões.

Dado comparativo levantado pelos autores do estudo mostra que os R$ 5 bilhões a serem injetados no consumo pela renda gerada por esses trabalhadores equivale a 1,3 ano de venda de geladeiras no Brasil ou 7,2 milhões de aparelhos. A expectativa é de que a Copa crie mais de 700 mil empregos entre permanentes e temporários.

Sobre a arrecadação de tributos, a estimativa é que sejam recolhido R$ 17 bilhões, o que representa mais de 30 vezes os R$ 500 milhões em isenções fiscais que serão concedidas à Fifa (Federação Internacional de Futebol Associado) e a empresas por ela contratadas para a realização do Mundial. Somente em tributos federais serão arrecadados com a Copa R$ 11 bilhões, saldo de R$ 3,5 bilhões em relação aos investimentos federais na realização do campeonato.

Os impactos indiretos da Copa na economia com a recirculação do dinheiro são calculados pelo estudo em R$ 136 bilhões, até 2019, cinco anos depois da Copa. Um impacto pós-Copa, impossível de dimensionar financeiramente transforma-se em turismo futuro. Além disso, as obras que modernizarão estádios nas 12 cidades-sedes também geram riqueza e impacto no PIB. Este valor, somado aos R$ 47 bilhões dos impactos diretos, leva aos R$ 183 milhões que o estudo calcula que a Copa vai gerar para o País.

O estudo menciona ainda os benefícios "intangíveis" da Copa de 2014: visibilidade internacional, consolidação da imagem do País no Exterior pela capacidade de organizar evento desse porte, maior exposição de produtos e serviços para o mundo e maior aproveitamento do potencial turístico, principalmente com a divulgação de atrações regionais. Na parte de infraestrutura, esses benefícios serão as grandes obras de mobilidade urbana, portos e aeroportos, que melhorarão a qualidade de vida da população.

O estudo conclui que a Copa fortalecerá o orgulho nacional, como ocorreu nos países anfitriões das últimas edições. As 12 cidades-sedes da Copa de 2014 são: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Natal, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.




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