O primeiro contato com o modelo, visto de fora, não decepciona. A Sportwagon realmente não é uma station comum. Na traseira, por exemplo, é possível reparar que a coluna “D” é incompleta. A tampa do porta-malas invade o teto do carro em cerca de 20 cm, o que garante mais funcionalidade ao modelo. O grupo ótico fino e horizontal completa o conjunto com a maçaneta do porta-malas escondida sob o logo da Alfa.
A linha do teto, que contempla spoiler traseiro e teto solar elétrico como opcional, dá um toque especial ao modelo, já que declina em direção à parte de trás e cria a impressão de que o carro é menor.
Na lateral, alfistas e apaixonados por automóveis começam a reparar detalhes que ajudaram a formar o mito em torno da marca. A área envidraçada é pequena, priorizando a lataria. As maçanetas dianteiras, por sua vez, seguem o estilo retrô, enquanto as traseiras ficam embutidas no quadro das janelas, praticamente imperceptíveis.
As rodas em liga leve de 15 polegadas e o capô longo completam o perfil do veículo. À frente, apenas o famoso ‘cuore’ da montadora, composto pelos dois símbolos da cidade italiana de Milão, em meio ao conjunto ótico transparente, são suficientes para agradar os fãs.
Passado o contato exterior, é hora de conferir os detalhes do habitáculo. Logo de cara, as primeiras amostras de que a tradição da montadora não foi esquecida. O painel mantém o mesmo estilo da década de 50, formado por dois instrumentos analógicos com ponteiros vermelhos. No centro, três círculos com comandos de ar-condicionado e desembaçador apontam em direção ao motorista.
A ergonomia é perfeita. Tudo parece estar à mão. Os passageiros sequer conseguem observar os detalhes do painel, pois todos são voltados ao motorista. Os bancos repartidos e o volante ligeiramente inclinado dão o toque final de conforto ao habitáculo, que ainda pode ser revestido com kit esportivo (que trás detalhes em fibra de carbono) ou Grupo 1 (em madeira).
No porta-malas, boas surpresas. Com capacidade para 360 litros de bagagem e totalmente separado do compartimento de passageiros por uma grade, ele contempla redes, dois porta-objetos e até mesmo uma tomada elétrica.
Todos a bordo – Chegou, enfim, a hora mais esperada: acelerar e sentir a força do motor, um 2.0 com duas velas para cada um dos quatro cilindros e 16 válvulas com comando variável. O propulsor é capaz de gerar 153 cv de potência e torque de 19,1 kgfm a 3,5 mil rpm – sendo que 90% é alcançado antes dos 3 mil rpm. Apesar dos coletores de admissão de geometria variável, uma decepção inicial: o veículo não se comporta bem em baixa rotação e possui saída relativamente fraca.
A capacidade de acelerar de zero a 100 km/h em 8,9 s, porém, começa a ser sentida quando o modelo passa dos 2,5 mil giros e atinge de forma extremamente veloz a casa dos 5 mil rpm. A Sportwagon parece decolar e o motor, finalmente, com seu ruído agradável conversa com o motorista.
Nas longas avenidas que ligam a praia de São Conrado ao Riocentro, no Rio de Janeiro, a Sportwagon, enfim, mostra a que veio. Retomadas rápidas, freios ABS, suspensão rígida e a direção que passa extrema confiança ao condutor – para virar de um extremo ao outro exige pouco mais do que duas voltas – confirmam: a station realmente é esportiva.
E a impressão não é só do motorista. Durante o trajeto feito pelo Diário, o motorista de uma Saveiro provocava imprudentemente outros carros para disputas na pista. Quando parou ao lado da 156, olhou cuidadosamente e resolveu mudar de idéia. Era uma Alfa.
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