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Sindicato e BNDES discutem privatização da Eletropaulo
Do Diário OnLine
23/11/2007 | 14:28
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O presidente do Stieesp (Sindicato dos Eletricitários de São Paulo), Antonio Carlos dos Reis, o Salim, participa nesta sexta-feira de uma mesa redonda com representantes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com o secretário do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros Neto, e a delegada do Trabalho, Lucíola Jaime Rodrigues. Durante encontro, Salim apresentará aos presentes a inviabilidade em continuar a privatização da AES Eletropaulo e as desvantagens e prejuízos que serão acarretados à sociedade.

De acordo com Salim, a privatização da Eletropaulo, que teve início em 1998, gerou precariedade no serviço elétrico e demissão de mais de cinco mil funcionários. "A relação trabalhador/consumidor é de 1/1.500 no Brasil, enquanto em outros países é de 1/1.000. Antes da privatização, éramos a melhor empresa de distribuição de energia elétrica da América do Sul". O líder sindical afirmou, também, que a preocupação do Sindicato não é apenas com os funcionários da empresa de energia, mas com a população que corre grandes riscos de acidente e, até mesmo, de morte pela situação em que se encontra a rede elétrica paulista.

"Na Zona Leste de São Paulo, temos registro de disjuntores da década de 1930 e transformadores da década de 1950. Esses equipamentos deveriam ter sido trocados quando houve a privatização". Na opinião do presidente, para que o serviço de energia tenha qualidade e segurança para a conservação do bem estar da população, é necessário que tenha investimentos maciços na manutenção preventiva.

Em agosto, a AES Eletropaulo anunciou a demissão de mais de 10% do quadro de funcionários a partir de outubro. O Stieesp conseguiu que esta ação fosse suspensa, até que a empresa apresente uma reformulação do projeto inicial. "A AES Eletropaulo atende 24 municípios paulistas, contabilizando mais de cinco milhões de consumidores. A qualidade do serviço prestado à população ficará comprometida com a redução no quadro de funcionários e os cidadãos serão vítimas destas demissões", afirma Salim.




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