Quatro pessoas morreram, entre elas um oficial do Corpo de Bombeiros, e mais três ficaram feridas num incêndio seguido de desabamento, na tarde dessa quarta-feira tarde em Nova Iguaçu. Os bombeiros ainda nao sabem a causa do fogo, que começou por volta de 12h40 no subsolo de uma casa de dois andares na Rua Raimundo Brito Oliveira, 212, bairro da Posse. No local funcionava um depósito de caixas de papelao.

Morreram José Roberto Vasconcelos, 37 anos, proprietário da casa; seu sócio Luiz Henrique da Costa Barreira, o funcionário do depósito identificado como Rafael, e o tenente do Corpo de Bombeiros Rodrigo de Melo Vilazio. Os três feridos sao Robson da Silva, 22 anos, com queimaduras de segundo grau; Amauri da Silva Klein, 24, com escoriaçoes; e Carlos Roberto Silva, 22, que perdeu a sola dos pés.

Segundo vizinhos, no momento do incêndio estavam na casa a mulher de José Roberto, Lídia, com os três filhos. Eles foram retirados por populares, que chamaram os bombeiros. Ao ser informado do incêndio, o proprietário e seu sócio se dirigiram ao local. Ao ver as chamas, José Roberto se desesperou e entrou na casa para pegar documentos, acompanhado pelo sócio e pelo empregado Rafael. O tenente, ao ver a cena, tentou retirá-los do interior da residência. Mas uma laje cedeu, houve o desabamento e eles foram soterrados.

Falta de energia - Após quatro horas de trabalho dos bombeiros, um novo foco de fogo surgiu e foi necessário um trator para demolir a fachada da casa. A energia elétrica foi cortada por técnicos da Light em todo o quarteirao, também isolado pela Defesa Civil. A afliçao tomou conta dos parentes das vítimas soterradas. P> A dona de casa Isabel Augusto, 39 anos, mulher de Luiz Henrique, lamentava. "Nao era para ele estar aqui porque tinha combinado de almoçar com nosso filho, que fez aniversário, em casa", disse . Os dois irmaos e o pai do tenente que morreu no acidente, também oficiais do Corpo de Bombeiros, acompanharam a tentativa de resgate. Um dos bombeiros encontrou o capacete do tenente entre os escombros.

Segundo o coronel Jorge Lopes, da Defesa Civil, a casa foi construída com material de qualidade duvidosa e a estrutura nao resistiu à pressao das chamas.