Nicolau chegou à casa de V. por volta das três da manha, quando ele invadiu a casa da aposentada vestindo uma touca ninja e armado com uma faca de cozinha. Ele arrombou a porta com os pés e saiu à sua procura. Assustada, V. tentou se livrar como pôde de Nicolau, mas este conseguiu imobilizá-la com uma gravata levando-a para o quarto. ``Ele me batia muito. Eu dizia que nao tinha dinheiro, mas nao adiantava', disse V. De repente a touca do bandido caiu e a aposentada conseguiu reconhecê-lo. ``Ele freqüentava a casa de minha vizinha. Eu até o ajudava com algum dinheiro', disse.
V. tentou conversar com Nicolau, mas ele estava enfurecido e repetia a todo momento: ``Você tem o que quero'. Ela levou um soco na boca e arranhoes por todo o corpo. Alguns vizinhos perceberam a confusao e chamaram a polícia que chegou por volta das seis da manha. Eles arrombaram a porta principal e flagraram o pintor na cama com V.. Na delegacia, Nicolau negava o crime. ``Eu nao fiz nada. Eu fui lá para falar com a sobrinha dela', dizia aos berros.
Muito abalada, V. nao entendia porque aquilo havia acontecido. ``Ele nem me conhecia direito. Ele é louco', repetia aos prantos. V. estava sozinha em casa na hora da invasao. Sua família estava viajando. A aposentada lembrou que mesmo em uma situaçao como essa, a mulher nao deve se envergonhar de ir à delegacia dar queixa. ``Estou muito machucada, mas só assim poderemos ajudar a colocar homens como esse na cadeia', disse ela. Nicolau permanecerá preso.
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