Internacional Titulo
Papa é envolvido em escândalo político na Polônia
Do Diário do Grande ABC
04/10/2000 | 10:43
Compartilhar notícia


Com a aproximaçao das eleiçoes polonesas, que acontecem no próximo domingo, todos os golpes baixos parecem ser permitidos na campanha presidencial. A rede de baixarias chegou a tal ponto que até mesmo o Papa Joao Paulo II se viu envolvido nas acusaçoes que escandalizam o país.

Os candidatos que disputam o primeiro turno tiveram somente duas semanas de campanha televisiva oficial, tempo que usaram intensamente para tentar fazer com que o atual presidente e ex-comunista Aleksander Kwasniewski perdesse votos. O candidato possui 49,5% das intençoes de voto, segundo a última pesquisa publicada nesta quarta-feira.

A campanha transcorria tranqüilamente até o último dia 23, data em que Krzaklewski, principal rival do atual presidente, acendeu o barril de pólvora. Ele anunciou na televisao que tinha um vídeo no qual Kwasniewski aparecia em uma situaçao ``comprometedora'.

Nesta seqüência de vídeo, desconhecida até agora, que data de 1997, via-se o presidente descendo de seu helicóptero em Kalisz (Centro-oeste), e logo depois fazendo o sinal da cruz e se inclinando para beijar o solo, fazendo uma paródia do Papa Joao Paulo II.

No país em que mais de 90% dos habitantes se declaram católicos, o vídeo causou um incêndio de protestos que nem o pedido de desculpas público de Kwasniewski conseguiu apagar.

Depois da transmissao do vídeo, vários municípios declararam o presidente ``persona non grata', 38 senadores conservadores, dos 100 que compoem a Câmara, acusaram Kwasniewski de ter ``violado a constituiçao'.

Houve numerosas queixas por este ato que atentou contra os sentimentos religiosos da Polônia, e muitos pediram a renúncia do candidato.

A Comissao Eleitoral registra treze candidatos à presidência. O rival mais importante de Kwasniewski, Marian Krzaklewski, é o líder da aliança conservadora AWS-Solidariedade e tem cerca de 16,5% das intençoes de voto.

O ex-ministro de Assuntos Extrangeiros Andrzej Olechowski, candidato independente, tem 16% das intençoes de votos segundo as pesquisas. Já o ex-líder histórico do Solidariedade, Lech Walesa, que também participará do pleito, conta com apenas de 3 a 4%.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;