A escolha do estádio Hermínio Ometto, que pertence ao União São João, ocorreu por comum acordo entre a FPF e o presidente do Paulista, Eduardo Palhares. O consenso foi conseguido pouco depois do julgamento no TJD, que foi unânime em condenar o Paulista (três votos a zero).
O tricolor de Jundiaí foi punido por causa dos incidentes ocorridos no jogo contra a Ponte Preta, em 20 de março, pelas quartas-de-final do Paulistão. As torcidas das duas equipes se enfrentaram antes, durante e depois da partida decisiva. Pedras foram atiradas de fora para dentro do estádio. Um artefato jogado das arquibancadas ao gramado quase acertou um atleta da Ponte.
O Paulista, punido num momento decisivo, alega que a violência foi provocada pelos torcedores da Ponte Preta – famosos pelo histórico de confusões no Estado. O time de Jundiaí ainda culpa a Polícia Militar da cidade por não ter cumprido o esquema de segurança que havia sido acertado dias antes do jogo.
A Ponte Preta também foi punida. O castigo para a Macaca será o mesmo: multa de R$ 100 mil e perda de três mandos de campo no estádio Moisés Lucarelli (Campinas).
Derrota - Palhares ficou indignado com o resultado do julgamento. O dirigente acusou o tribunal de não levar em consideração a defesa apresentada pelo clube de Jundiaí, que se escorou em imagens de TV para tentar manter o direito de atuar no Dr.Jaime Cintra. Mas os argumentos do Paulista não convenceram Acyr José de Almeida (presidente da 3ª Comissão do TJD), Ivanei Cayres de Souza (relator do caso) e Thiers Fernandes Lobo (auditor do TJD).
O técnico Zetti, que se mostrou mais resignado com a 'goleada' no tapetão, preferia que o jogo decisivo contra o Palmeiras fosse disputado em São Paulo ou em Santos. Ex-goleiro do Peixe, Zetti revelou que gostaria de ver o Paulista mandando uma partida na Vila Belmiro. "Joguei lá por dois anos. O gramado é muito bom. Nossa equipe se daria bem lá", afirmou o treinador, logo após o julgamento no TJD.
Mas a direção da FPF e Palhares decidiram transferir a partida para Araras – distante 170 quilômetros da capital paulista. O duelo Paulista x Palmeiras até poderia ocorrer em São Paulo ou Santos, como queria Zetti, pois a legislação da FPF não obriga a realização do jogo numa praça 150 quilômetros distante do local em que ocorreu a punição – como ocorre nos casos julgados no âmbito da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
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