Na última semana, o presidente do PT, José Genoino, ameaçou expulsar do partido todos os 'radicais' que ameaçavam votar contra a proposta de reforma previdenciária. Entretanto, o racha entre radicais e moderados petistas não era novo dentro da legenda, e apenas agravou-se com as divergências em torno das reformas. Dessa vez, a direção do PT enfrenta a resistência de um moderado, que até então apresentava um discurso alinhado com o Executivo.
Nesta segunda, Paim ocupou a tribuna do Senado para defender o seu ponto de vista sobre o assunto. Ele reconheceu que encontra-se em uma posição "constrangedora", mas afirmou que não poderá aceitar a proposta do governo nos moldes em que está. "Tudo tem limite", disse, referindo-se à taxação dos inativos. "Não se pode votar a favor do que se considera uma questão de princípio", acrescentou.
O líder do PT no Senado, Tião Viana (AC), reagiu de imediato às declarações de Paim. Segundo ele, o senador gaúcho deveria discutir essas divergências internamente, nas reuniões da bancada do PT, mas "infelizmente ele não vai às reuniões há dois meses".
Ele ainda garantiu que cobrará de Paim a "unidade de ação", ou seja, que ele cumpra o estatuto petista e vote a favor das idéias defendidas pela maioria. "O partido é democrático, tem uma linha ética, um estatuto e deve tratar com clareza e grandeza aqueles que ajudaram a construí-lo. Agora, querer aceitar com naturalidade, de maneira complacente que alguém venha tentar desmoralizar a história desse partido, isso nós não vamos aceitar", afirmou.
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