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Santo André tem indústria de infraçao, diz Celso
Gislayne Jacinto
Da Redaçao
25/12/1999 | 18:25
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"O que existe em Santo André é uma indústria de infraçao." Assim o prefeito Celso Daniel se defende das críticas de motoristas e vereadores de oposiçao de que o município virou uma "indústria de multas", após a instalaçao de radares eletrônicos. "Se nao houvesse uma indústria da infraçao, se nao houvesse costume de desobedecer leis de trânsito que estao colocadas para garantir segurança para todos, nao haveria qualquer tipo de problema maior", afirmou Celso. Santo André é a cidade que mais multou e arrecadou com infraçoes de trânsito este ano no Grande ABC.

O prefeito disse que a administraçao será rigorosa quanto à aplicaçao do novo Código de Transito Brasileiro. "Tem sido bastante repetido que aqui no Brasil tem aquelas leis que pegam, e existem aquelas que nao pegam. Para nós, o código de trânsito precisa ser levado a sério, tem de ser considerado uma lei que pega, ou seja, uma lei que é para valer", afirmou.

Para Celso, a obediência às leis é a única maneira de garantir mais segurança no trânsito, reduzindo drasticamente os acidentes. Além disso, o prefeito petista lembra que o trânsito em Santo André é municipalizado e, portanto, está sob responsabilidade da Prefeitura.

"Diferentemente da questao, por exemplo, da Segurança Pública, que é uma atribuiçao típica do governo do Estado, o trânsito é uma responsabilidade do município que tem a tarefa de zelar pela reduçao da violência no tráfego. Essa é uma responsabilidade que queremos assumir na implementaçao do novo Código de Trânsito Brasileiro. E isso significa, na prática, que é preciso dizer, em alto e bom som, combater com a devida coragem a indústria da infraçao", disse o prefeito.

Celso admitiu que ocorreram algumas falhas no início da implantaçao do novo sistema. "É evidente que em qualquer inovaçao sempre há problemas que precisam ser ajustados", disse o prefeito, que deu como exemplo a alteraçao do limite de velocidade na avenida dos Estados. "Tínhamos fixado uma velocidade uniforme de 60 km/h, ao longo de toda a avenida, mas descobrimos que em determinados trechos da avenida, seria possível aumentar o limite para 80 km/h, porque nao havia conexoes ou aproximaçoes. Fizemos esse tipo de ajuste, mas haverá outros tipos de ajustes que, se necessário, serao feitos", disse Celso. Ele negou que duas velocidades em uma mesma avenida confunda os motoristas.

"Isso depende da atençao de quem dirige. Basta o motorista respeitar a velocidade, que é 60 km/h, e nao haverá nenhuma confusao", disse.

Celso considera que as críticas só acontecem porque trata-se de um momento de transiçao. "As pessoas que estavam muito acostumadas a nao respeitar a sinalizaçao de trânsito, têm mais dificuldade de se adaptar. E, na medida em que sao multadas, tendem a se insurgir, às vezes, até de maneira deselegante, violenta, contra a administraçao", afirmou.

Celso disse também que, a partir do momento que os motoristas respeitarem o Código de Trânsito Brasileiro, as infraçoes irao cair drasticamente e o nível de segurança vai se eleva.




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