Há mais de três décadas no poder, Saleh já havia prometido em diversas ocasiões, nos últimos meses, permitir o andamento de uma transição no país. O anúncio de ontem, porém, foi feito horas depois de forças de segurança comandadas por um filho e um sobrinho de Saleh terem aberto fogo contra um protesto que reunia mais de 100 mil manifestantes.
Pelo menos oito pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, depois que a poderosa guarda republicana do Iêmen abriu fogo com armas, gás lacrimogêneo e canhões de água contra uma marcha de manifestantes que exigiam que o presidente iemenita seja posto em julgamento.
A violência põe em relevo a contínua turbulência no Iêmen mesmo depois de Saleh ter assinado no mês passado um acordo, patrocinado pelos Estados Unidos e pela Arábia Saudita, pelo qual ele entregaria o poder ao seu vice-presidente e se comprometeria a renunciar completamente em troca de imunidade. Os manifestantes, que vêm protestando aos milhares nos últimos nove meses, rejeitaram esse acordo, exigindo que Saleh seja julgado pela reação violenta que adotou contra a oposição.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.