A deputada estadual Vanessa Damo não possui planos de sair do PV, pelo menos por enquanto. A parlamentar afirma ter sofrido perseguição por parte da executiva do PV, mas ressalta que apesar da saída de seu pai, o ex-prefeito Leonel Damo, e da destituição de seu marido José Carlos Orosco Júnior da presidência municipal, ainda acredita na mudança de postura da direção estadual sobre seu caso.

"Continuo no PV, por enquanto. Estou sendo perseguida e isso pode ser comprovado facilmente: perdi o diretório municipal, sem ser consultada. Isso só concretiza a perseguição interna que sofro. Escolhemos uma chapa para o diretório de Mauá, que foi derrubada com o voto do Executivo, sem nenhuma consulta. Fiquei sabendo na canetada final", observa Vanessa.

Eleita vereadora e deputada estadual pelo PV, ela frisa que não deve mudar de partido para evitar a perda do mandato. "Verei como posso fazer caso decida sair, por conta do mandato. Caso consiga provar que estou sofrendo perseguição, posso sair sem entregar a vaga, mas ainda busco diálogo com a executiva estadual."

A deputada explica que a exclusão de seu nome para a concorrência da presidência da comissão de meio ambiente na Assembleia foi feita por iniciativa do partido, e é apenas mais um golpe contra sua permanência na legenda. "Sempre estive no PV, mas vejo que dentro do partido minha situação se torna complicada por conta de ações feitas e articuladas contra mim e meu mandato. A decisão sobre a comissão de meio ambiente, determinada pela executiva do PV, mostra isso."

CONVITES - Vanessa Damo já recebeu convites do PTB, PMDB, PSDB, PCdoB, mas avisa que ainda acredita em sua permanência na legenda verde. "O trabalho que faço como deputada é visto com simpatia por outros partidos. Sinto-me privilegiada por tantos convites, mas a intenção, neste momento, é continuar no PV. Ainda acredito na ética do partido. É muito cedo para pensar em qualquer legenda. Minha luta é para resolver as diferenças e continuar no PV", avisa a parlamentar.