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Praias ficam lotadas no último dia do ano
Do Diário do Grande ABC
31/12/1999 | 17:05
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Programa obrigatório para os turistas que se encontram na regiao, as praias da Baixada Santista estiveram lotadas durante toda esta sexta-feira. Muitos nao pouparam esforços para pegar uma praia no último dia do ano, esquecendo-se do trabalho duro ao longo dos últimos 364 dias de 99. Foi o caso da família da estudante Amanda Hatsume Sato, que deixou Itapecerica da Serra por volta da meia-noite, com o firme propósito de assistir a virada do ano no litoral. "Mesmo assim, ainda levamos três horas na estrada", dizia a futura estudante de jornalismo, que estava acompanhada do namorado Rodrigo Riboldy.

Os familiares dos dois jovens nao reservaram hotel e tampouco tinham casa ou apartamento para passar o dia. Estacionaram o carro com facilidade na orla, esperaram amanhecer e já armaram as cadeiras na calçada. "A gente vai passar o dia dando uns mergulhos, tomando banho nos chuveirinhos para tirar o excesso de sal e, logo após a queima de fogos, à meia-noite, pegamos a estrada de novo", explicava Rodrigo, satisfeito com o sol e a temperatura elevada, em torno de 30 graus, durante toda a manha.

Depois de passar uma semana na praia, o técnico em eletrônica Ulisses Diniz Santos e a estudante Marcela Amaral Carrara, de Atibaia, já manifestavam preocupaçao com a volta. "Já estamos com as malas praticamente arrumadas e amanha (hoje) antes do almoço, estaremos fazendo a viagem de volta", anunciava Marcela, que curtiu as praias e muitos passeios pela cidade. Mas, enquanto muita gente tentava refrescar-se tomando banho nos chuveirinhos, que apresentavam muitas filas, por volta das 13 h, havia um movimento acima do normal no Mercado de Peixes, instalado na Ponta da Praia.

A crença de que a ingestao de peixes e frutos do mar traz sorte no Ano-novo fez com que as baias de estacionamento do local permanecessem lotadas durante todo o dia. Míriam Nóbrega Santos, residente no Aeroporto, fazia questao de explicar que estava comprando peixes e carne de siri por se tratar de uma refeiçao mais leve, em razao do calor. Em meio ao corre-corre das compras, quando os fregueses comparavam preços e até pechinchavam, Maycon Augusto Dias, dono do boxe Pérola do Atlântico, antecipava-se em justificar os altos preços do camarao-rosa, R$ 38,00 o quilo na sua barraca. "O produto aumentou de R$ 28 para R$ 38, porque está chegando perto da época do defeso", dizia.

Outros pontos de comércio bastante movimentados ao longo da orla eram as barracas de frutas e as lojas de lingerie, tendo em vista a superstiçao de que é sempre bom vestir roupa nova no réveillon, escolhendo-se a cor de acordo com o que a pessoa mais espera do ano que se inicia, como amor, saúde, paz, dinheiro, etc.




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