Cerca de 100 bancários foram às ruas a fim de participar do lançamento da campanha salarial da categoria deste ano, realizada ontem, no Centro de Santo André.

Os trabalhadores percorreram pela manhã 18 agências bancárias da cidade (entre as vias Correa Dias, Luis Pinto Fláquer, Senador Fláquer e Xavier de Toledo), conta Belmiro Moreira, secretário de finanças do Sindicato dos Bancários do ABC - que coordenou o movimento.

Os dirigentes sindicais divulgaram a campanha e dialogaram com bancários e usuários do sistema financeiro sobre as principais reivindicações da categoria, que neste ano luta por aumento real de 11%, pelo fim das metas abusivas, assédio moral, melhores condições de trabalho, entre outros pontos.

"É preciso que os bancos contratem mais trabalhadores e caixas, diminuam as filas, ampliem o horário de atendimento, melhorem as condições de trabalho e acabem com as metas abusivas, que tanto têm adoecido muitos bancários", relata Eric Nilson, secretário-geral do sindicato.

A pauta, entregue dia 11 à Fenaban (Federação Nacional de Bancos), reivindica ainda PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários, mais R$ 4.000 para cada funcionário; refeição e alimentação no valor de um salário-mínimo (R$ 510). A data-base da categoria é 1º de setembro - hoje.

A mobilização, que contou com muito barulho, banda e bexigas, teve a presença de representantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e Fetec-CUT/SP (Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo). "Os trabalhadores aderiram muito bem à campanha e suas reivindicações. Dentro das agências por onde passamos mobilizamos cerca de 300 funcionários", indica Belmiro.

Na região há 450 agências bancárias (incluindo os postos de atendimento) - o que corresponde a 7.000 funcionários. No País são 460 mil bancários, sendo 130 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.