O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, confirmou nesta quarta-feira o assassinato de Fabrizio Quattrocchi, seqüestrado junto com outros três italianos, no início da semana, por rebeldes contrários à ocupação estrangeira no Iraque. Segundo comunicado enviado pelos seqüestradores à rede de TV árabe Al-Jazeera, Quattrocchi foi morto porque o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, se recusou a retirar suas tropas do território iraquiano.

O grupo que rendeu os italianos se identificou como 'Brigada Verde' e ameaçou matar os outros três reféns caso suas exigências não sejam atendidas. Uma dessas exigências é um pedido de desculpas formal por parte de Berlusconi, "que insultou o Islã e os muçulmanos".

Em outro comunicado, este divulgado na noite desta quarta-feira, os rebeldes ainda acusaram o primeiro-ministro italiano de "não se preocupar com as vidas de seus concidadãos e de preferir satisfazer seus amos na Casa Branca". Berlusconi, por sua vez, afirmou que a execução de Fabrizio Quattrocchi "não reduzirá os valores e o compromisso com a paz por parte da Itália".

A TV Al-Jazeera disse ter recebido dos seqüestradores a gravação do momento em que o italiano é assassinado, mas afirmou que não divulgará as imagens em respeito à família da vítima. De acordo com a emissora, a fita mostra os quatro italianos sentados, enquanto uma cova é feita no chão. Em seguida, os rebeldes iraquianos escolhem um dos reféns, que é executado com um tiro na nuca.