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Diadema vai municipalizar mais 5 escolas estaduais
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
03/10/2009 | 10:08
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Ari Paleta/DGABC


O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), deve municipalizar mais cinco escolas estaduais de Ensino Fundamental ainda neste ano para ter vigência a partir de 2010 - as quatro primeiras foram em maio, após embate político. A intenção é garantir o repasse mensal estimado do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), transferido pelo Estado conforme o número de alunos estaduais assumidos pelo município a partir de convênio. A Prefeitura passa por crise financeira.

Questionados ontem sobre as escolas que seriam municipalizadas, nem Prefeitura nem governo estadual quiseram se manifestar. A direção da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), subsede de Diadema, porém, confirmou o fato. Segundo o professor Ivanci Vieira, que preside a entidade local, a notícia foi transmitida por rede no dia 30, pela Diretoria de Ensino de Diadema. A reportagem do Diário entrou em contato com uma das cinco escolas e confirmou a informação.

Desta vez, as mudanças ocorrerão na EE Sagrado Coração de Jesus (Jardim Casa Grande); EE Deputado Freitas Nobre (Vila Nogueira); EE Dr. Mario Santalucia (Serraria); EE Professora Zilda Gomes dos Reis de Almeida (Jardim Bela Vista) e EE Inspetor Reinaldo José Santana (Jardim Inamar) - essa última constava da primeira lista, mas foi retirada pela administração.

No entanto, a previsão da Prefeitura era municipalizar mais sete escolas estaduais para o ano letivo de 2010, conforme havia dito recentemente o líder de governo na Câmara, Laércio Soares (PCdoB). Procurado, o parlamentar não deu retorno ontem.

Como o projeto de municipalização do Ensino Fundamental já foi aprovado pelo Legislativo em 2 de abril, após quebra-quebra generalizado dos manifestantes contrários ao programa do governo tucano, agora bastará a assinatura de convênio com o Estado. "A Educação Infantil está sem investimentos e com lista de espera em creches, mas a Prefeitura insiste em municipalizar o Ensino Fundamental, que nada trouxe de melhorias aos professores. Aliás, só atrasos nos pagamentos e diferenças salariais de até R$ 600", argumentou Vieira.

Uma reunião ocorrerá amanhã, às 10h, entre representantes da Apeoesp e de entidades ligadas ao Comitê Contra a Municipalização do Ensino de Diadema.




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