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Monovolume para levar a família
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
27/01/2010 | 07:00
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O segmento dos monovolumes definitivamente caiu nas graças do consumidor brasileiro. Com medidas generosas e espaço agradável para passageiros e bagagens - sem falar, em alguns casos, de design atual, tecnologia de ponta e conforto - , os modelos desta categoria estão mordendo a cada ano uma fatia maior do mercado.

Em 2008, 106.423 monovolumes foram emplacados, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o que representou 4,86% do total de veículos vendidos. No ano passado, os números pularam para 131.531 unidades - 5,24% dos emplacamentos.

Então fica a pergunta: quais os motivos deste crescimento? Uma das respostas está na diversidade de opções neste segmento, tanto no que se refere a preço, espaço e também número de ocupantes.

Por isso, resolvemos desvendar os mistérios de três monovolumes: Honda Fit, para cinco passageiros; Fiat Doblò, para seis; e Nissan Grand Livina, para sete. Veja bem, não se trata de um comparativo, mas de uma análise detalhada de cada um deles. Cabe apenas a você, que pensa em ter um monovolume, ver qual a melhor opção para o seu bolso e, claro, suas necessidades.

Dobló: único para 6 pessoas
De cara nova, o Fiat Doblò Adventure Locker 1.8 Flex 2010 é o nosso representante na categoria dos monovolumes para até seis ocupantes. O modelo parte de R$ 60.170 e já vem com o banco para o sexto passageiro, algo que o torna único no País.

A versão de entrada 1.4 Flex custa menos (R$ 49.270), mas leva somente cinco ocupantes. Para ampliar a capacidade para sete, o interessado deve investir mais R$ 1.350.

O Doblò marca pelo espaço interno. Está na cara que parte do seu DNA é do irmãozão Ducato. Há porta-trecos para todos os lados, inclusive acima do quebra-sol. Os ocupantes dos bancos dianteiros não enfrentam problemas com as pernas ou a cabeça. O motorista dirige em uma posição elevada e agradável, apesar de ter ajuste de altura do banco - apenas da coluna de direção.

Os passageiros da segunda fileira também são bem tratados. As portas deslizantes facilitam demais o acesso. Ponto negativo para o fato de o passageiro que for no meio não contar com cinto de seguranças de três pontas.

Caso exista a necessidade de levar mais uma pessoa, um banco único está disponível no porta-malas. Ele é montado e desmontado com facilidade. Qualquer um pode manuseá-lo. Porém, para ter acesso a ele, é preciso entrar pela porta traseira - o que não é nenhum incômodo, já que a porta dupla tem dimensões generosas.

O único problema é o espaço para as pernas. Os grandinhos, com mais de 1,70 m de altura, sofrem com as pernas. É muito apertado. O tamanho é ideal para uma criança pequena. Ponto positivo para o cinto de três pontas.

PORTA-MALAS - A capacidade de carga do Doblò é muito boa. São 665 litros com os bancos em suas posições e generosos 2.915 litros com eles rebatidos. Não por acaso, existe uma versão do Doblò só para carga.

Fit: requinte para 5 ocupantes
O leque de opções de monovolumes para até cinco passageiros é bastante vasto no Brasil. Temos Nissan Livina, Chevrolet Meriva, Fiat Idea, Kia Soul, entre outros. No entanto, optamos pelo líder de mercado, o Honda Fit. Avaliamos, assim como os demais veículos, a versão topo de linha - ELX automática - , que parte de R$ 69.180. Porém, o Fit de entrada parte de R$ 52.960.

O preço é considerado salgado, afinal, por este valor é possível comprar, por exemplo, um Civic LXS manual com bancos de couro por R$ 67.410. Mas o monovolume da montadora nipônica entrega muitos benefícios no que tange conforto e requinte. Trata-se de um veículo bastante completo.

O monovolume vem, por exemplo, com transmissão automática de cinco velocidades - com opção de trocas manuais por meio de borboletas atrás do volante - , bancos revestidos com couro, air bag duplo, freios ABS, entre outros mimos. Junto com tudo isso, o Fit entrega ainda design atual, bonito e digno de elogios.

Mas como o assunto aqui é espaço, vamos pular para dentro do carro feito em Sumaré (SP). Incrível a ergonomia do Fit. Além de parecer estar envolvido pelos comandos do carro, a coluna de direção de ajustes de altura e profundidade. O banco do motorista também traz ajuste de altura. Em termos de espaço para as pernas, sem comentários: muito bom.

O banco traseiro entrega espaço suficiente para as pernas dos passageiros. Assim como a altura do teto não atrapalha os mais cabeçudos. No entanto, quem trafega no meio do banco encontra problemas com o encosto do banco - desconfortável - e com a falta de um terceiro apoio de cabeça. O cinto de segurança é de três pontas.

PORTA-MALAS - O Honda Fit traz porta-malas honesto - nada demais. São 384 litros com os bancos normais e 1.321 litros com eles rebatidos.

Grand Livina: espaço para 7
Para finalizar nossa avaliação dos monovolumes de cinco, seis e sete lugares, chegamos ao Nissan Grand Livina.Opção big do Livina, o monovolume é o nosso eleito para a categoria até sete lugares - apesar de existirem outros representantes: Chevrolet Zafira e Citroën Grand C4 Picasso. Motivo? É o mais novo e o menos conhecido no País.

A versão de entrada do Nissan (1.8 16V manual) parte de R$ 55.990. Mas a que nós avaliamos (SL 1.8 16V automática) não sai por menos de R$ 66.790 - R$ 6.620 mais cara que o Fiat Doblò para seis ocupantes e R$ 2.390 mais em conta que o Honda Fit, para cinco. No entanto, devemos destacar que existe uma diferença de itens de série, que o Fit leva vantagem.

O Grand Livina promete espaço para sete pessoas. E ele não apenas cumpre, como entrega de lambuja conforto adequado para todos, inclusive os que vão na terceira fileira - normalmente a que mais sofre.

Motorista e passageiro dianteiro viajam bem. Tem espaço para as pernas e cabeça. Ponto negativo para a ergonomia. Não há ajuste de altura do banco e profundidade do volante.

A fileira do meio também conforta bem os pernudos. Falta encosto de cabeça para o passageiro do meio, assim como cinto de três pontas.

O fator surpresa está nos dois bancos da terceira fileira. Quem imagina desconforto, se engana. O espaço é agradável para pessoas com mais de 1,70m de altura - os e cintos são de três pontas. O acesso é um pouco complicado - nada impossível. É preciso rebater o banco da coluna do meio, que, felizmente, é bipartido.

PORTA-MALAS - Na configuração para sete passageiros, o porta-malas fica pequeno. Apenas 123 litros. Com a terceira fileira rebatida, a capacidade salta para 589 litros e com a segunda e terceira fileiras recolhidas, o número é ainda maior: 964 litros.




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