Depois de inúmeras rodadas de negociações, os padeiros da região aceitaram, em assembleia realizada ontem, acordo que prevê reajuste salarial de 6,2%. Cerca de 12 mil trabalhadores do Grande ABC serão beneficiados com o aumento, que é retroativo a 1º de junho.

Para o presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e Grande ABC, o resultado poderia ter sido melhor. "Nós lutávamos por 10% de aumento. Mas o sindicato patronal da categoria alegou os resquícios da crise econômica e também usou a alegação do presidente Lula, que afirmou que agora não é hora de lutar por reajustes, e sim por empregos", explicou Francisco Pereira de Sousa Filho, o Chiquinho.

O salário médio da categoria é de R$ 1.000. Os trabalhadores, que ganham o piso, terão reajuste um pouco maior, de 6,5%.

Além do aumento, os trabalhadores conquistaram outros tópicos importantes. "Todos vão ganhar R$ 60 de bônus por causa do Dia do Padeiro, comemorado no último dia 13. Além disso, como não há PLR (Participação nos Lucros e Resultados), acordamos bônus de até R$ 240 para as empresas com mais de 200 funcionários", destacou o dirigente.

O presidente garantiu que cerca de 4 mil trabalhadores terão aumento de 10%. "Fizemos cerca de 80 acordos individuais e os resultados foram bem mais significativos. Para 2010, vamos iniciar as negociações antes e investir nisso. Por mais trabalho que dê, o importante é que o trabalhador saia ganhando", lembrou Chiquinho.

CETESB - Acompanhando a onda de negociações por reajustes salariais, os trabalhadores da Cetesb aprovaram aumento de 6,05% nos salários e na gratificação de férias. Na última semana, os funcionários ameaçaram entrar em greve, movimento que já foi descartado.