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Moscou defende um espaço "sem armas"
Das Agências
11/04/2001 | 17:05
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Os russos defenderam, nesta quarta-feira, a existência de um espaço "sem armas" durante a abertura de uma conferência internacional em Moscou.

"Jamais, para nenhum Estado, o espaço deve se transformar em lugar de mobilização de armas porque isso representaria um risco para a própria existência do Homem", declarou o general russo, Valeri Manilov.

Em longa mensagem lida por um representante, o secretário geral das Nações Unidas, Kofi Annan, destacou que "há algum tempo o espaço foi considerado uma fonte potencial de conflitos, mas afortunadamente se transformou agora em fonte de cooperação".

O secretário-geral acrescentou que a comunidade internacional reconheceu há tempos a necessidade de criar uma legislação sobre o emprego do espaço, que permita evitar transformá-lo em nova arena de confronto militar.

Annan afirmou também que "é preciso permitir aos países em desenvolvimento utilizar as tecnologias espaciais para poder enfrentar as catástrofes naturais e para ter acesso aos meios modernos de comunicação".

Durante a inauguração, foi realizada uma conexão em vídeo, ao vivo, com a estação espacial internacional (ISS) para entrevistar o comandante russo, Iuri Ussatchov.

Esta conferência internacional foi organizada a pedido do presidente russo, Vladimir Putin, num momento em que tanto a Rússia quanto Pequim se opõem fortemente a um projeto americano de defesa anti - mísseis (MD), relançado pelo presidente George W. Bush para "enfrentar a ameaça iraquiana, iraniana e norte-coreana”.

O vice-primeiro-ministro russo encarregado do complexo militar-industrial, Ilia Klebanov, leu a mensagem do presidente Putin, na qual ele diz estar convencido de que "não deve haver armas no espaço".

Mais de 250 delegados participaram da conferência, mas a iniciativa do presidente Putin não seduziu nem os norte-americanos nem os britânicos, que se destacaram pela ausência, fato que foi "lamentado" por Moscou.




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