O Black Power, mais que penteado, é um movimento de força da cultura negra que teve seu apogeu na década de 1960, nos Estados Unidos, quando grandes nomes da história da música viveram seu mais glorioso período por meio da gravadora Motown.

E é essa história, cantada por cinco mulheres através de 50 canções, que traz o musical "O Som da Motown", com estreia hoje, em São Paulo.

"A Motown foi fundamental no período de segregação racial. Ela, por meio da música, ajudou a unificar negros e brancos. É responsável por clássicos e, no período, trouxe uma agitação no mundo musical, com levada e batida diferentes", conta Cláudio Figueira, que junto com Renato Vieira, concebeu e dirigiu o espetáculo. Ficou em cartaz durante oito meses no Rio de Janeiro.

Ícones como Michael Jackson, Diana Ross, Stevie Wonder, Lionel Richie, Marvin Gaye são retratados juntos a grupos como The Supremes e Jackson 5.

A escolha de mulheres no elenco, para Figueira, se justifica pelo fato de a gravadora ter sido a primeira a lançar um grupo feminino, o Martha and the Vandellas. "A gente buscou cinco cantoras com características diferentes. O espetáculo conta com vozes de personalidade e contempla do contralto ao soprano".

O musical não tem texto, mas é teatralizado. Há sete trocas de figurino e todas as atrizes têm momento solo e conjunto. "É uma peça para toda a família. De quem gosta do momento flashback à criança que adora Michael Jackson."

O Som da Motown Teatro das Artes do Shopping Eldorado - Av. Rebouças, 3.970, São Paulo. Tel.: 3034.0075. 6ª e Sáb., às 21h30; dom., às 18h. Ingr: R$ 60 (6ª e sáb.) e R$ R$ 70 (dom.). Até 25 de abril.