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Como se tratasse de apenas mais um passo da música, as meninas, usando saia sem calcinha por baixo, mantêm relações sexuais enquanto evoluem numa fila indiana ou quando sentam nas rodinhas com os garotos.
Ginecologistas do programa de tratamento para adolescentes da Secretaria de Saúde municipal contam relatos similares das meninas, que manifestam medo de serem excluídas do convívio de colegas de grupo se não aceitarem as diversas relações sexuais durante os bailes.
"Para elas é quase uma brincadeira, uma forma de experimentar algo novo e de se reafirmar. Elas acreditam que nada vai acontecer", explicaram os médicos.
Como as meninas mantêm relações sexuais com vários rapazes na mesma noite, nunca sabem dizer quem é o pai da criança quando engravidam. Além disso, elas e os rapazes pegam doenças como sífilis, Aids e outras, já que não há qualquer preocupação com o uso da camisinha no meio dos bailes funk, explica Arouca.
Segundo a Secretaria de Saúde do Rio, este tipo de evento deveria ser menor, sem multidões e com mais segurança. Nos últimos meses, foram freqüentes os incidentes nos bailes, em portas de discotecas, tiroteios e confusões com a polícia relacionados com eventos funk.
As letras das músicas, consideradas violentas e machistas, também mereceram queixa oficial apresentada em fevereiro por parlamentares brasileiros. As músicas tocam com intensidade no rádio e na TV. A maioria descreve como a mulher pede ao namorado para ser tratada, como no hit em que uma garota afirma que "tapinha não dói".
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