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Frio espanta consumidor da Craisa
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
13/06/2010 | 07:25
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O frio não contribuiu com o Mercado de Flores da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) e espantou os consumidores da seção na manhã de ontem. Mesmo sem forte demanda de varejo, os produtores e revendedores do local contabilizavam aumento nas comercializações e faturamento. "Em média, temos um avanço de 30% no Dia dos Namorados sobre a média diária de vendas", afirmou o técnico agrícola e responsável pela organização do espaço, José Marcelo Lisboa.

Ele explicou que o Mercado de Flores é muito procurado por lojistas, mas no sábado as compras no atacado são apenas para reposição de estoque. "Nós abrimos de quarta-feira e sábado. Como a data comemorativa ocorre no fim de semana, os lojistas antecipam suas compras na quarta feira", acrescentou Lisboa. Mesmo sendo produtos perecíveis, as flores são mantidas em câmaras frias e conservadas por mais de cinco dias.

Dos cerca de 30 comerciantes e produtores do Mercado de Flores, Lisboa contou que a maioria são de Bragança Paulista, Mogi das Cruzes e Atibaia. "No caso dos produtores, eles colhem as flores no dia anterior, deixam em câmaras resfriadas e acordam cedo para esta aqui", disse o especialista, acrescentando que todos chegaram no local às 5h de ontem. Por volta das 9h, duas horas antes do fim da comercialização das flores no Craisa, os módulos estavam com poucas opções disponíveis.

PREÇOS - De acordo com o produtor de Bragança Paulista Leandro Aparecido Pereira de Souza, os seus preços no Mercado de Flores da Craisa são os mesmo que em estabelecimentos da Capital. "As pessoas vêm aqui e dizem que cobramos mais caro no Grande ABC. Mas isso não acontece. Vendemos pelos mesmos valores que cobramos em São Paulo nos outros dias. O que acontece é que os preços vêm de lá para cá, e nunca daqui para lá", explicou.

Souza também indicou o frio como o vilão do local ontem, mas informou que os resultados até as 9h foram bons. "Nós vendemos bem aqui no ABC", completou.

Lisboa observou que o mercado é direcionado ao atacado e, dificilmente, os consumidores encontrariam arranjos enfeitados. "Mas os preços são bem mais baratos aqui do que nas floriculturas", pontuou.

Ele acrescentou que o movimento no Dia das Mães é maior do que no Dia dos Namorados e que os preços subiram após a data comemorativa materna e tiveram "pequena alta nesta semana".

‘Cair da cama' no fim de semana é compensado pelo amor

As adversidades como o frio e cair da cama na manhã de sábado não venceram o amor. O andreense Nivaldo Rodrigues foi ao Mercado de Flores na Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) com a intenção de surpreender a esposa. "Aproveitei para vir enquanto ela dorme. Estou até de pijama", brincou, demonstrando a vestimenta por baixo do agasalho de moleton.

Rodrigues foi em busca de rosas. "Aqui os preços são bem mais baratos do que nas floriculturas", disse. Ele comprou um maço das flores para complementar o presente da esposa, um par de brincos.

A decoradora Fátima Corradini não ficou satisfeita. "Sempre compro flores aqui. Mas os preços subiram muito", disse. Ela concordou com a afirmação do responsável pela organização do espaço, José Marcelo Lisboa, de reajuste. "Eu pagava R$ 10 por um maço de rosas. E paguei R$ 20 agora", criticou Fátima.




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