"A realidade econômica e a posiçao da maioria dos membros da Opep vao impedir a execuçao do novo complô americano", afirmou Rachid numa entrevista à Televisao da Juventude, cadeia dirigida pelo filho mais velho do presidente Saddam Hussein, Udai.

Amer Mohamed Rashid disse também que os países produtores de petróleo chegarao a um acordo para manter os níveis atuais de produçao, em uma reuniao prevista para as próximas semanas, apesar das preocupaçoes no mundo com o desabastecimento e os altos preços.

"As leis do mercado e nossos contatos nos deixam otimistas no sentido de que nao haverá aumento da produçao", disse Rashid em entrevista a uma televisao.

A maioria dos países da Opep, inclusive o Ira, estao a favor de elevar a produçao, mas o ministro disse que teve uma impressao distinta em seus contatos com seus colegas do cartel.

Na quarta-feira, o Ira se juntou à Arábia Saudita, Venezuela e México, que nao é membro da Opep, para aumentar a produçao e, assim, reduzir os preços, que esta semana chegaram a US$ 34 o barril, pela primeira vez desde novembro de 1990.

As negociaçoes para aliviar as restriçoes à produçao impostas no ano passado, que reduziram a oferta em quatro milhoes de barris diários, produziram uma pequena queda nos preços, nesta sexta de US$ 31,55 o barril em Nova York.

Rashid disse que o Iraque está decidido a frustrar as tentativas norte-americanas de convencer a Opep a aliviar as restriçoes.

O aumento dos preços dos combustíveis e as queixas dos consumidores americanos levaram o presidente Bill Clinton a advertir a Opep de que Washington usará suas reservas estratégicas de petróleo para baixar os preços.