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Anchieta e fortes nos roteiros do litoral paulista
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
11/02/2004 | 19:21
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Em breve, os milhares de turistas que lotam o litoral de São Paulo durante os meses mais quentes do ano terão dois motivos a mais para descer a Serra do Mar: os recém-lançados programas dos Caminhos de Anchieta e do Circuito dos Fortes.

Nesta quarta, o secretário de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo, João Carlos Meirelles, e prefeitos dos nove municípios que compõem a região metropolitana da Baixada Santista assinaram uma resolução para a criação do Circuito dos Fortes, que mostrará aos visitantes a história de oito fortalezas edificadas entre os séculos XVI e XX. São elas: a Casa do Trem Bélico (século XVII), os fortes Augusto (XVII) e São Felipe (XVI) e as fortalezas de Itaipu (XX), Santo Amaro da Barra Grande (XVI), dos Andradas (XX), do Itapema (XVI) e de São João (XVI).

No último dia 22, a mesma comissão havia assinado outra resolução para o lançamento do programa Caminhos de Anchieta, que prevê reproduzir a peregrinação de Padre José de Anchieta ao longo da costa paulista, antes de embrenhar-se em outras localidades brasileiras.

Segundo Meirelles, os roteiros são importantes porque resgatam parte da história do Brasil e, ao mesmo tempo, vão ao encontro dos esforços do Estado em gerar trabalho e renda para os municípios, aumentando o fluxo turístico na Baixada. Anualmente, a região recebe cerca de 5 milhões de turistas atraídos pelas opções de lazer e cultura. O programa congregará as cidades de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.

Anchieta – No dia 12 de julho do ano passado, a ossada de Padre Anchieta, guardada pela Companhia de Jesus de São Paulo, começou uma peregrinação pelas igrejas do litoral paulista. A relíquia partiu de Bertioga e chegou a São Paulo no último dia 25, para as comemorações do aniversário de 450 anos da cidade.

Nascido em 1534 nas Ilhas Canárias, Anchieta chegou ao Brasil em junho de 1554, seis meses antes da fundação de São Paulo de Piratininga. Lá, fundou o colégio que marcaria o nascimento da capital e acabou ganhando fama por ter se oferecido como refém a fim de evitar inúmeras mortes durante a Revolução dos Tamoios, que uniu índios e franceses contra os portugueses.

Também ficou conhecido na região pelos extensos poemas que escrevia nas areias das praias. O mais famoso, intitulado de Bem-Aventurada Virgem Mãe De Deus, Maria, era composto por nada menos que 5.786 versos.

Padre Anchieta morreu em 1598, no Espírito Santo, e em 1980 foi beatificado pelo papa João Paulo II. O processo de canonização está sendo avaliado pelo Vaticano.




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