O custo médio da cesta básica no Grande ABC passou a custar 1,79% a mais em janeiro na comparação com dezembro, segundo pesquisa da Craisa (Companhia de Abastecimento Integrado de Santo André). Os consumidores pagaram pela a cesta básica, R$ 239,52, em média, contra R$ 235,26 do mês anterior. A alta, segundo a pesquisa, foi puxada pelo feijão carioca, que teve seu preço reajustado em 7,62% no período.

A Craisa constatou que, dos 34 produtos pesquisados, 28 sofreram alta e seis apresentaram redução do preço. As principais altas foram da cebola (26,52%), banana (12,21%) e fubá (7,77%). As baixas foram detectadas na farinha de trigo (8,74%), tomate (5,72%), sabonete (4,24%) e no leite integral (3,07%).

Entre os grupos, o de hortigranjeiros foi o que registrou maior alta em janeiro, de 5,9%. O de alimentos, segundo a pesquisa, ficou 1,2% mais caro e o limpeza doméstica subiu 2,66%. O grupo de higiene pessoal foi o único que teve redução nos preços durante o mês, 0,34%.

A alta do feijão, o vilão do mês, pode ser explicada pelo excesso de chuvas. O produto, segundo a Craisa, foi encontrado, em média, a R$ 2,32 o quilo. O reajuste do arroz, de 2,35%, pode ser explicado, segundo a Craisa, pela oferta maior que a demanda. Por este motivo, o preço alto do produto deve ser mantido durante o ano.

A carne também fechou o mês com os preços em alta. A de primeira, segundo a pesquisa, ficou 1,52% mais cara. A de segunda, subiu 1,85% no período. A explicação da Craisa é que devido a fraca demanda provocada pelas férias escolares, a carne apresentou o reajuste, pois os frigoríficos dosaram o abate para manter os preços elevados. O frango fechou o mês com os preços 1,05% menores. O valor foi reduzido devido a diminuição da demanda provocada pelas férias escolares.

No bloco do trigo, o macarrão, a bolacha doce e o pão francês registraram alta de 0,96%, 3,11% e 1,24%, respectivamente. A farinha de trigo e a bolacha salgada apresentaram queda de 8,74% e 0,56%, respectivamente.

Entre os produtos do grupo de limpeza doméstica, a maior alta foi apresentada pelo sabão em barra (5,1%), seguida do detergente (2,78%) e do sabão em pó (1,99%).

O preço do café teve uma variação positiva de 3,04% em janeiro. O açúcar, segundo a Craisa, registrou alta de 0,17%. Já, o leite, fechou o mês com o custo 3,07% menor. A pesquisa apontou que a queda da oferta do produto nacional, houve um aumento na importação, ocasionando uma maior oferta do produto.

O excesso de chuvas pode explicar o aumento da maior parte dos produtos dos hortigranjeiros. No caso da cebola, porém, a alta foi provocada pela importação – o produto vem da Argentina –, que é afetada pela alta do dólar.

A pesquisa foi realizada em 31 super e hipermercados do Grande ABC e é baseada no consumo de uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, em um período de 30 dias.