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Dossiê: Sub-relator diz ter provas da participação de Lacerda
Do Diário OnLine
Com Agência Senado
23/11/2006 | 22:57
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O sub-relator da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Sanguessugas, deputado Carlos Sampaio (PSDB), disse nesta quinta-feira que a CPMI já reuniu provas do envolvimento do ex-coordenador de comunicação da campanha petista ao governo de São Paulo, Hamilton Lacerda, e do ex-chefe do núcleo de informações e inteligência da campanha presidencial do PT, Jorge Lorenzetti, na tentativa de compra de um dossiê contra tucanos.

O deputado concluiu o cruzamento dos telefonemas trocados entre os principais envolvidos no caso entre os dias 14 e 15 de setembro. Os dados telefônicos repassados pela PF (Polícia Federal) mostram exatamente os períodos anterior e posterior à prisão dos petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha, que foram flagrados com o dinheiro usado na tentativa de compra do dossiê.

Carlos Sampaio explicou por que chegou a essas conclusões: “Hamilton Lacerda chegou à meia-noite e quinze no Hotel Íbis, subiu de elevador com o Gedimar, permaneceu com o Gedimar por meia hora e desceu sem a maleta e as duas sacolas que ele levou. E o que é mais importante: no momento em que ele estava com o Gedimar, ele ligou para o Lorenzetti. Portanto, ele não só levou o dinheiro e o viu no quarto do Gedimar, como também informou ao Lorenzetti que a missão estava cumprida”, relatou.

De acordo com Sampaio, seria impossível que Lacerda não tivesse visto o dinheiro, pois esse encontro no Hotel Íbis, em São Paulo, ocorreu apenas duas horas antes da prisão de Gedimar e Valdebran. Para o sub-relator, raciocínio semelhante se aplica a Jorge Lorenzetti, que prestou depoimento nesta semana à CPMI.

Indiciamento - Sampaio afirma haver elementos para indiciar Lorenzetti e Lacerda. "Não tenha dúvida de que existem provas cabais para pedir o indiciamento de todos eles. O Lorenzetti negou seu envolvimento, aqui na CPMI, porque nós ainda não tínhamos as imagens. Diante das imagens, ele certamente não as negaria porque não se nega o óbvio", avaliou.

O depoimento de Hamilton Lacerda à CPMI está marcado para a próxima terça-feira. Na PF, Lacerda afirmou desconhecer a origem do dinheiro usado na tentativa de compra do dossiê.   




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