Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) promoveram um ato público nesta quarta-feira no auditório da Assembléia Legislativa de São Paulo contra o projeto de lei 578/2007, do Executivo estadual.

A proposta cria mecanismos para possibilitar a regularização de todos os imóveis com mais de 500 hectares na região do Pontal do Paranapanema, no oeste do estado. Para o MST, as terras deveriam ser destinadas à reforma agrária.

Por volta das 11 horas, os manifestantes saíram do acampamento no prédio do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), onde estavam desde segunda-feira, e seguiram até a sede da Assembléia. Segundo a assessoria do MST, cerca de mil pessoas participaram da passeata e do ato público, que teve o apoio da Frente Parlamentar em Defesa da Reforma Agrária.

Para Cláudia Praxedes, da direção estadual do MST, a aprovação do projeto de lei dificulta a reforma agrária: “As terras devolutas que poderiam beneficiar muito mais trabalhadores permanecerão nas mãos daqueles que cometeram o crime de usar terra pública para fins particulares.”

De acordo com o deputado Raul Marcelo (P-SOL), o projeto abrange cerca de 300 mil hectares no Pontal e na área, “se fosse destinada para a reforma agrária, daria para assentar em torno de 15 mil famílias”.

Outro deputado, Simão Pedro (PT), informou que depois de passar por três comissões o projeto está na Ordem do Dia, em caráter de urgência, e pode ser aprovado em breve.