Desenvolvimento sustentável é um dos focos centrais da Mostra Fiesp/Ciesp de Responsabilidade Socioambiental, que será realizado dos dias 25 a 27 e que terá a apresentação de cases bem-sucedidos de envolvimento das empresas com esse tema - dentre os quais, o da Rhodia, de Santo André; da Basf, de São Bernardo e da Bioauto, de Diadema.

A mostra terá dois objetivos principais, segundo a diretora do comitê de Responsabilidade Social da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Eliane Belfort: o primeiro é mostrar à população como as empresas estão fazendo frente à ‘nova economia' - em que, segundo ela, não basta pensar apenas no lucro mas é preciso ter responsabilidade ambiental - e o outro o de apresentar as iniciativas para servir de exemplo para outras companhias.

A diretora destacou que o evento, em sua terceira edição, privilegiou projetos que ainda não haviam sido mostrados e que mostrem ações que tenham a característica de fazer parte do negócio da companhia, em vez de ser "ação social esporádica".

Um dos cases incluídos na programação é o que trata do uso de garrafas PET na produção de tintas da Suvinil, marca da Basf, que tem fábrica em São Bernardo. Desde 2002, foram investidos cerca de US$ 3 milhões para viabilizar o projeto que já retirou aproximadamente 400 milhões de PETs (mais de 20 mil toneladas) do meio ambiente.

Dentre os benefícios sociais, a companhia destaca o incentivo aos programas de coleta seletiva, a geração de cerca de 2.000 postos na cadeia de fornecimento da embalagem. Para a Basf, houve redução do volume de efluentes em 40%, além de redução de custo com matérias-primas e melhoria na performance do produto.

Outra iniciativa de sustentabilidade escolhido pela Fiesp foi o Rhodia Way (metodologia do grupo que no Brasil ganhou o nome Jeito Rhodia de Fazer Negócio), Iniciado em 2006, o programa integrou a estratégia de obtenção de resultados com as ações de responsabilidade socioambiental da companhia.

Segundo o diretor de infraestrutura industrial da Rhodia Poliamida América do Sul, Luis Roberto Marques de Jesus, a empresa já tinha iniciativas sustentáveis antes de 2006, mas passou a ter a avaliá-las e registrá-las no plano estratégico. Ele citou que na fábrica de Santo André, a companhia deixou de lançar efluentes no rio Tamanduateí e passou a ter todas as caldeiras movidas a gás a partir de 2005. "Não temos mais a emissão de particulados", assinalou.