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Cidade gaúcha decreta estado de emergência
Do Diário do Grande ABC
28/12/1999 | 16:41
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A Prefeitura de Cruz Alta, distante 341 quilômetros ao oeste da capital gaúcha, decretou nesta terça-feira estado de emergência no município devido aos efeitos da estiagem sobre à agricultura. De acordo com o prefeito Luiz Pedro Bonetti, a situaçao compromete o desenvolvimento das lavouras de soja e milho, que compoe a base da economia local. A escassez de chuva começou em novembro, quando as precipitaçoes ficaram em 85 milímetros, 46% inferiores a média histórica do período.

O quadro piorou este mês, quando o volume de chuva limitou-se a 60 milímetros, 56% abaixo do normal, informou o prefeito. A insolaçao e o calor também têm se mantido muito fortes, com temperatura entre 38º e 40º centígrados nos últimos dias.

Segundo Bonetti, o estado de emergência é valido por 60 dias e foi decretado para "salvaguardar" o interesse dos produtores. Se a situaçao nao melhorar nos próximos dias, o município poderá solicitar créditos emergenciais para a agricultura.

A área destinada à soja em Cruz Alta é de 110 mil hectares (3,6% do total da cultura no Estado), disse o prefeito. Deste montante, 85% foram plantados no período recomendável, até meados de novembro, e ainda restam 5% à espera das sementes. O prefeito nao dispoe de um levantamento fechado sobre as perdas, mas afirmou que está ocorrendo `muito replantio' na regiao.

No caso do milho já há lavouras com perdas de até 100% revelou Bonetti. De acordo com ele, 80% da área de 18 mil hectares da cultura no município já foram semeados. Metade das plantaçoes está em fase de pendoamento ou enchimento de graos, o que aumenta risco de prejuízos com a estiagem.

Segundo o prefeito, o abastecimento de água potável para a populaçao urbana também começa a ser afetado em Cruz Alta. Nos bairros mais distantes do centro e nas áreas mais elevadas da cidade está faltando água à tarde em funçao do aumento do consumo provocado pela onda de calor.




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