Economia Titulo
Ortobom e sindicato negociam greve
Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
28/01/2010 | 07:00
Compartilhar notícia


Amanhã de ontem foi marcada por tumulto em frente a sede da fabricantes de colchões Ortobom, em São Bernardo. A greve dos trabalhadores completa uma semana hoje e, para pressionar negociação com a empresa, alguns colaboradores interditaram o trânsito no local por cerca de quatro horas.

"Estávamos sem resposta da empresa os funcionários quiseram chamar a atenção dos patrões", justificou o diretor do Sindicato dos Químicos, José Antonio Gomes Ferreira, o Tonhão. O sindicalista explicou que houve um acidente no local algumas horas antes e um caminhão havia derrubado um poste. "Os trabalhadores colocaram o poste no meio da rua, mas a Eletropaulo foi ao local e normalizou a situação", destacou.

Depois de toda a confusão, que necessitou até da presença da Polícia Militar, houve a retomada das negociações. "Ficamos em reunião entre 10h e 14h e avançamos bastante", afirmou o sindicalista.

A proposta definida será apresentada em assembleia na manhã de hoje aos trabalhadores. Segundo Tonhão, a greve deve acabar. "Nosso principal problema era o convênio médico, que acaba no dia 31. A empresa responsável pelo plano não vai mais atender na região. Mas combinamos que o novo plano médico firmado a partir do dia 1º será eficaz para os funcionários e seus dependentes", explicou.

Além desta questão, foi abordado o problema da equiparação salarial. "Há trabalhadores que são erroneamente remunerados, por isso, vamos formar uma comissão composta por empregados, representantes sindicais e a Ortobom para discutir o problema a partir da semana que vem", destacou.

A proposta também prevê estabilidade de 60 dias aos cerca de 300 trabalhadores da empresa. "Acredito que o resultado foi positivo", avaliou o diretor.

Para chegar ao ponto aparentemente comum, houve muito impasse. Na terça-feira, inúmeros trabalhadores realizaram protesto em unidades da Casas Bahia da região, principal cliente da Ortobom. "A pedido da empresa, o sindicato vai elaborar uma carta de retratação à Casas Bahia, pois entendemos que a rede não tem nada a ver com o problema", assumiu Tonhão.

Em comunicado, a Ortobom afirmou que a greve é ilegal e que apenas 20% dos trabalhadores aderiram ao movimento. Segundo a empresa, os demais funcionários foram coagidos pelo sindicato durante esses dias. A fábrica ressalta ainda que as acusações quanto à falta de higiene na empresa e à ausência de alimentação balanceada não procedem.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;