Segundo a polícia, Paquito chefiava os chamados “bondes”, grupos de traficantes que descem o morro para roubar carros e transportar drogas. Ele também seria responsável pela manutenção e armazenamento de armas.

O traficante foi localizado junto com o comparsa Remilton Moura da Silva Junior, o Juninho, 21 anos, apontado como líder do Morro da Chatuba, no município de Nilópolis, Baixada Fluminense. Eles estavam numa casa no Alto da Posse em Nova Iguaçu. A polícia já monitorava seus passos havia um mês, desde que ele se refugiou na Baixada. Com os traficantes, foram apreendidas três pistolas calibre 40, sendo duas pertencentes à PM (Polícia Militar). A polícia acredita que as armas foram roubadas de policiais que foram vítimas do bando.

Os dois bandidos foram presos após o cerco montado por policiais militares do 20º Batalão da PM (Mesquita). Paquito ainda tentou fugir, mas foi capturado.

Paquito é suspeito de ter escondido, no morro, o traficante Eduíno Eustáquio de Araújo, o Dudu da Rocinha, depois de ele invadir a favela, iniciando uma guerra que já deixou treze mortos. Paquito é acusado de diversos crimes, como homicídio (cujo número já teria passado de 50, de acordo com a polícia), tráfico, roubo e furto. Existem 17 mandados de prisão contra ele.

Crueldade – Criminoso tido como extremamente violento e sádico, Paquito costuma executar cruelmente seus inimigos, especialmente policiais. Depois de matar, ele comemora às gargalhadas, segundo investigações da polícia. O traficante o teria obrigado um policial a se ajoelhar no chão diante dele e atirado. A mulher e o filho de quatro anos do policial teriam assistido a tudo.

Outra morte atribuída a Paquito é a do pagodeiro Rogério Santos de Castro, do grupo Pique Novo. Ele levou um tiro no olho mesmo depois de ter entregue seu carro, durante assalto também em Madureira. Além de executar suas vítimas, o traficante é responsável pelo transporte de armas e drogas da quadrilha. O principal cúmplice de Paquito, Luiz Claudio Caetano Rodrigues, o Lourinho, ainda está em liberdade.

Tiroteio – Um traficante morreu e outro ficou ferido após confronto com policiais do 22º Batalhão da Polícia Militar (Maré), que realizavam uma operação em busca de armas e drogas no Morro do Timbau, no Complexo da Maré, Zona Norte, na madrugada desta terça. Michel de Jesus, 21, e Paulo Henrique Ferreira, 19, foram atendidos no Hospital Geral de Bonsucesso. O primeiro não resistiu aos ferimentos e o outro foi transferido para o Hospital da Frei Caneca. Com eles, a polícia encontrou uma pistola calibre 380, uma submetralhadora e cerca de 300 trouxinhas de maconha.